Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (Portugal) revelou que os idosos das áreas desfavorecidas têm menos chances de ultrapassar os 90 anos
Um grupo de pesquisadores portugueses da Universidade do Porto demonstrou a incidência do ambiente socioeconômico na longevidade das pessoas. Assim, a pesquisa concluiu que os idosos que vivem em áreas desfavorecidas apresentam uma expectativa de vida mais curta, em comparação com a longevidade das que habitam em outras áreas.
Especificamente, a pesquisa teve como foco a população de Porto. Os dados solicitados revelaram que 78% dos homens e 74% das mulheres dos bairros pobres da cidade morrem antes de completar 90 anos. Entretanto, esta porcentagem cai significativamente nos distritos mais desenvolvidos. Neles, 54% dos homens e 62% das mulheres ultrapassam os 90 anos de idade, conforme determinou a pesquisa.
À luz desses números, Ana Isabel Ribeiro, pesquisadora da Unidade de Pesquisa em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública, apresentou que “se queremos aumentar a sobrevivência da população idosa e reduzir as assimetrias regionais, temos que melhorar a sua situação socioeconômica e priorizar as áreas mais pobres do país”.
Neste sentido, Ribeiro assegurou que os resultados obtidos em Porto são extrapoláveis ao restante de Portugal. Desta forma, a pesquisadora destacou que nas áreas mais favorecidas do país, 40% dos homens e 67% das mulheres chegaram aos 90 anos. Enquanto, nas regiões lusas empobrecidas, 72% dos homens e 65% das mulheres morreram antes de chegar aos 90.
Por isso, Ribeiro destacou a necessidade de implementar políticas para reduzir estes desequilíbrios regionais. Para o planejamento e desenvolvimento deste tipo de ações, é necessário contar com profissionais qualificados. A este respeito, o Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER é uma opção de formação ideal para aquelas pessoas que desejam ampliar seus conhecimentos no âmbito da atenção social, cultural e sanitária dos idosos.
Fonte: Idosos de zonas desfavorecidas têm menos hipóteses de chegar aos 90 anos
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