Margarida Rebolo, neuropsicóloga do NeuroSer, garantiu que a combinação das terapias de grupo com tratamentos sem fármacos contribui para manter as capacidades dos doentes de demência e para melhorar a sua qualidade de vida
A este respeito, a médica explicou que “as demências são um conjunto de doenças neurodegenerativas, o que significa que as células morrem e não podem ser restituídas. Isto causa um declive progressivo da pessoa que não pode ser restabelecido, mas que pode ser retardado recorrendo a terapias não farmacológicas de intervenção multidisciplinar”. Portanto, a finalidade principal destes tratamentos é conservar as capacidades do paciente durante o maior tempo possível.
Do mesmo modo, a terapeuta Ana Matias afirmou que estas atividades servem para promover as relações sociais das pessoas doentes. Neste sentido, a profissional destacou a importância de configurar um ambiente em que o paciente esteja cômodo.
Por outro lado, os dementes também devem se exercitar fisicamente, pois gradualmente perdem sua capacidade de movimento. A fisioterapeuta Mariana Mateus insistiu que “é importante treinar estas funções, recorrendo à realização de vários exercícios que envolvem a mobilidade geral, o fortalecimento muscular, a expressão corporal, o ritmo, a coordenação motora e a caminhada”.
Igualmente, Mateus destacou que a estimulação física não busca apenas a manutenção da autonomia motora. Ao contrário, emoldura-se dentro de uma ação global para promover um bem-estar físico e emocional na pessoa.
Os alunos do Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER recebem uma formação integral que capacita os alunos para atender as necessidades sociossanitárias deste coletivo de pessoas.
Fonte: Terapias de grupo proporcionam maior qualidade de vida a pessoas com demência
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