Identificam molécula que modifica o número de sinapses

Pesquisadores identificam molécula que permite modificar alterações da sinapse e pode ajudar em tratamentos para o Alzheimer

Uma equipe de pesquisadores encontraram uma nova molécula capaz de modificar o número de contatos sinápticos entre os neurônios, com o que se poderia desenvolver tratamentos para tratar doenças como o autismo e o Alzheimer. O estudo foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os pesquisadores, que pertencem ao Instituto de Química-Física Rocasolano, ao Centro de Pesquisas Biológicas, ao Instituto Cajal, e três centros do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), identificaram uma molécula que inibe a interação entre as proteínas NCS1 e Ric8a. As provas realizadas foram bem-sucedidas no caso de células humanas e em um modelo de mosca Drosophila na síndrome do cromossomo X frágil, que revela dados para tratar uma forma severa de autismo.

María José Sánchez Barrena, pesquisadora do CSIC, indicou que “uma vez que a maioria de transtornos neurais começa sendo patologias da sinapses, o modo em que os neurônios se comunicam, dispor de fármacos que modifiquem esta estrutura básica neural supõe dotar a medicina de uma ferramenta potencialmente muito poderosa”.

A pesquisadora explicou que a administração oral de fenotiazina atinge uma redução no número extremamente alto de sinapses” e ajuda a restaurar os níveis de aprendizagem e memória na síndrome do cromossomo X frágil. Demonstrou-se que a fenotiazina regula o número de sinapses e ao mesmo tempo regula a probabilidade de liberação do neurotransmissor. Esta dupla influência é muito importante, porque até agora os medicamentos utilizados apenas modificavam um fator, implicando efeitos secundários ao outro fator.

Ana Martínez indica que se espera que a pesquisa em torno da fenotiazina possibilite desenvolver fármacos no futuro que permitam tratar o Alzheimer e a síndrome de cromossomo X frágil.

Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER se mantêm atentos aos avanços obtidos para o tratamento de doenças como o Alzheimer para proporcionar uma melhor qualidade de vida a seus pacientes.

 

Fonte: Jano

Foto: Todos os direitos reservados