Pesquisadores realizam uma revisão dos modelos de envelhecimento ativo.
O envelhecimento ativo é um conceito no qual ainda não se chegou a um consenso. A OMS define-o como um conceito holístico que combina a saúde da pessoa, sua participação e a segurança das pessoas adultas. Por sua parte, Fernández-Ballesteros e seus colegas propõem um conceito similar, mas omitem a segurança e incorporam o estado de ânimo e a função cognitiva. Até o momento, os pesquisadores que tentaram validar os modelos conceituais de envelhecimento ativo obtiveram resultados mistos. Realizou-se um estudo para analisar a validez dos modelos existentes de envelhecimento ativo considerando dados epidemiológicos do Canadá.
Os pesquisadores analisaram o modelo de envelhecimento ativo estabelecido pela OMS e o modelo psicológico de envelhecimento ativo exposto por Fernández-Ballesteros empregando uma análise fatorial exploratória. Utilizaram-se dados de 799 adultos da comunidade, entre 65 e 74 anos de idade, selecionados das listas de pacientes de fisioterapeutas do Saint-Hyacinthe, Quebec e Kingston, Ontário.
Os resultados do estudo indicaram que nenhum dos dois modelos pôde ser validado na amostra de idosos do Canadá. Considera-se que o conceito de envelhecimento saudável pode ser modelado de forma adequada, mas a participação social e a segurança não se ajustavam a um modelo latente. Ao utilizar um índice binário simples, identificou-se que 27% dos adultos na amostra não se ajustavam ao critério de envelhecimento ativo proposto pela OMS.
Os pesquisadores indicaram que o envelhecimento ativo deveria ser considerado uma política de orientação de direitos humanos e não uma ferramenta de medida empírica para guiar a pesquisa entre populações de terceira idade. Os índices binários de envelhecimento ativo poderiam servir para ressaltar o que se pode melhorar a respeito da saúde, participação e segurança da população idosa em crescimento.
Os profissionais que formados nos Mestrados e Especializações em Gerontologia da FUNIBER capacitam-se para oferecer serviços de qualidade às pessoas da terceira idade e apoiar o desenvolvimento de políticas de envelhecimento ativo que melhorem a qualidade de vida dos idosos.
Fonte: http://fnbr.es/1sl
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