A discussão sobre o bullying sofrido por adolescentes foi reacendida à luz do recente suicídio de uma estudante do ensino médio de 13 anos na França. Existem maneiras de protegê-los na escola ou online, mas muitas delas não são usadas.
A partir do ocorrido, estabeleceu-se que são necessárias aulas específicas de conscientização sobre o cyberbullying para todos os estudantes do ensino médio na França. O objetivo disso é entender o perigo que as redes sociais representam e como elas podem prejudicar seriamente a vida de uma pessoa.
Entenda o caso
Lindsay Gervois cometeu suicídio no passado 12 de maio. Tinha treze anos. Por oito meses, ela sofreu bullying em sua escola em Vendin-le-Vieil. A mãe de Lindsay levava meses pedindo ajuda às autoridades locais devido aos ataques sofridas pela filha, porém, sem respostas. A família apresentou várias queixas: contra a direção da escola, contra a Lille Academy (órgão regional do Ministério da Educação) e contra os policiais encarregados da investigação, segundo o advogado Pierre Debuisson para o jornal francês Le Figaro.
O bullying geralmente tem uma conexão com o suicídio entre os jovens. As vítimas de bullying são mais propensas do que a população em geral a tentar suicídio ou ter pensamentos suicidas (12% e 36%, respectivamente), em comparação com 9% e 27%, respectivamente.
Em 2022, a lei francesa incorporou o crime de bullying. O bullying pode resultar em até 10 anos de prisão e multa de € 150.000 quando os fatos levarem ao suicídio ou tentativa de suicídio da vítima. O governo francês declarou que o próximo ano letivo se concentrará exclusivamente no combate ao bullying.
A luta de uma mãe contra o bullying
Outro caso é o de Nora Tirane-Fraisse, que tem lutado contra o bullying nos últimos dez anos. Em 13 de fevereiro de 2013, Marion, sua filha, cometeu suicídio aos 13 anos. Como fundadora e representante geral da organização, Nora é conhecida como Marion La Main Tendue (Marion, a Mão Estendida).
Na região de Paris, fundou duas “Casas de Marion” e trabalha incansavelmente para intervir nas escolas. Recebeu mais de 8.300 pedidos de assistência em 2022. Trabalhou com 15 mil crianças e adolescentes em toda a França em quase 230 intervenções em ambientes educacionais. Nora afirmou que a provação de Marion começou nas séries iniciais, quando as crianças deveriam começar a receber educação.
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Fonte: Educación en Europa: ¿Qué se puede hacer ante el aumento de casos de acoso escolar y en línea?
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