Hoje, dia 9 de agosto, celebra-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994. A data é uma celebração à luta das populações indígenas pela promoção e proteção de seus direitos, a partir do primeiro encontro organizado com representantes de diferentes povos, em evento ocorrido neste dia no ano 1982.
Uma das questões relevantes sobre a proteção destas populações se refere às línguas. Para preservar e promover os direitos linguísticos dos povos indígenas, a UNESCO lançou no ano passado o programa Decênio Internacional das Línguas Indígenas (IDIL 2022-2032), que busca sensibilizar a comunidade internacional e “mobilizar os diferentes atores para uma ação coordenada”, de acordo com o divulgado na página informativa sobre o programa.
A ação espera fortalecer e reforçar instrumentos normativos para promover e proteger as línguas indígenas, especialmente após a pandemia provocada pelo COVID-19.
A proposta afirma que as línguas indígenas “representam complexos sistemas de conhecimento e comunicação, e deveriam ser reconhecidas como um recurso nacional estratégico para o desenvolvimento sustentável, a construção da paz e a reconciliação”.
A UNESCO é a instituição que organiza a ação, criando uma estrutura interna denominada Equipe de Trabalho Intersetorial da UNESCO (ITT4IDIL) que tem como objetivo organizar as atividades de forma multidisciplinar e transversal.
Atlas Mundial das Línguas (AML)
A UNESCO publicou em 2010 o Atlas das Línguas em perigo, um documento referência sobre a diversidade linguística de todo o planeta que sofria ameaças.
Em 2021, a partir de um questionário realizado com pesquisadores, especialistas e profissionais de diferentes setores, lançada em 2018 pelo Instituto de Estatística da UNESCO, finalizou uma versão mais atual do documento, titulado Atlas Mundial das Línguas.
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