Economista francesa Esther Duflo, prêmio Nobel, destaca em seus trabalhos a importância de valorizar a educação e a saúde nas políticas públicas de redução da pobreza.
Esther Duflo recebeu junto com Michael Kremer e Abhijt Banerjee, o Prêmio Nobel de Economia 2019. Ela é a segunda mulher a ganhar este prêmio, nesta área, e a mais jovem, com 46 anos.
A conquista do prêmio se deve em grande parte a um estudo recente realizado por esta economista francesa, e também professora do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. O estudo foi publicado no livro “A economia dos pobres: repensar de modo radical a luta contra a pobreza global”, já traduzido para 17 línguas.
Neste livro, Duflo dá continuidade aos estudos realizados sobre a pobreza e os resultados de políticas públicas com o objetivo de reduzi-la. As pesquisas analisam diversos aspectos associados, como também o tema da educação.
Ela participou de um estudo em que avaliou os efeitos da bolsa de estudo em 682 alunos do ensino fundamental no Brasil, sorteados entre 2.064 estudantes, que receberam ajuda para estudar em 2008. Após oito anos, a pesquisadora analisou os impactos na trajetória destes estudantes.
Em comparação aos que não tinham recebido as bolsas de estudo, os alunos bolsistas aumentaram em 55% a chance de concluírem o ensino médio, além de apresentar melhores notas em língua materna e matemática, e comportamentos mais preventivos relacionados à própria saúde.
O estudo oferece dados importantes para as políticas públicas, que aliados a técnicas econométricas podem ajudar a melhorar a forma em que se aplicam investimentos públicos.
A premiada Nobel dá um destaque importante à educação e à saúde para o combate à pobreza, desde uma perspectiva mundial.
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Fonte: O Prêmio Nobel da Economia e a Educação
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