Em crescimento, o uso de jogos no setor educativo permite através da vivência, motivar os alunos para aplicar os conhecimentos de maneira transversal e colaborativa. Um destes jogos é o chamado Escape Room
Quer fomentar o interesse pelo trabalho colaborativo em classe? Usar os jogos pode ser a melhor estratégia para os professores estimularem os alunos a aprender. Por exemplo, os chamados escape room, quando usados na educação, permitem que os alunos resolvam questões a partir do conteúdo aprendido em sala.
O escape room é um tipo de jogo em que a partir da resolução de pistas, enigmas e problemas, os participantes conseguem liberar-se de uma sala fechada. Apesar de ser uma brincadeira, que vem crescendo com a ampliação desta em jogos virtuais, a experiência pode ser muito positiva no campo educativo.
Isto porque para escapar de uma sala fechada, é necessário superar provas dentro de um prazo, o que de certa maneira é um exame sobre o conteúdo aprendido, mas avaliado de uma maneira lúdica. Os professores podem usar o conteúdo trabalhado nas aulas de matemáticas, ciências naturais, ciências sociais, língua, educação física, música, artes e outros, para avaliar as capacidades intelectuais, criativas e dedutivas. Tudo isso, pode ser ainda realizado em grupo, fomentando o trabalho colaborativo.
Além de ser lúdico, e facilitar o processo de aprendizado, o jogo permite uma experiência vivencial que também trabalha habilidades como a atenção, a observação, o racionamento lógico e aplicado, além de desenvolver competências comunicativas e linguísticas.
Para criar este jogo entre os alunos, é importante seguir alguns passos, como são:
- Saber onde ser fará o jogo, e o número de participantes. Para esta etapa, é fundamental desenhar como será a formação de grupos. Para isso, deverá indicar uma maneira para que os integrantes possam localizar o seu grupo e integrar-se previamente.
- Criar uma narrativa. Para motivar os participantes, é importante haver uma história atrativa que permite criar e dar sentido às ações do jogo, e o interesse em sair do quarto como um grupo. Para iniciar esta narrativa, é fundamental criar algo que chame a atenção logo no início, que seja surpreendente e curioso.
- Agora é a hora da parte didática. Deve-se analisar quais são os objetivos de aprendizado e como transformá-los em desafios para o escape room. Nesta etapa, é importante também analisar como o grupo poderá dar respostas que representem um trabalho colaborativo. Nesta fase também, deve-se calcular o tempo para cada solução e avance.
- As regras de participação são também fundamentais. Na hora de preparar, deve-se indicar de forma clara o que não é permitido, o tempo limite para o escape room, a maneira que se verão estas regras (por exemplo, em cartazes espalhados, para cada avance).
- Com a estrutura montada, agora é hora de compor o ambiente com as ferramentas. Na internet, é possível encontrar diversas dicas de enigmas que possam envolver cadeados com combinações de números ou letras, no estilo caixa-forte, ou o uso de quebra-cabeças, mapas, experimentos científicos que devem indicar uma resposta à uma saída, etc.
A capacitação com o Mestrado em Educação, patrocinado pela FUNIBER, possibilita a formação dos professores para uma atuação inovadora em sala de aula, que possa incorporar as novas metodologias e as ferramentas TIC aos objetivos de aprendizagem.
Fontes:
Escape room en educación: la tendencia que arrasa en las aulas
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