A união das escolas no Cone Sul

Países do Cone Sul ainda não se associam para temas educacionais. Proposta da UNESCO é trabalhar um tema comum entre as escolas dos países da América do Sul

Desde a criação do Mercosul, com o Tratado de Assunção assinado em março de 1991, há um interesse comum de integrar alguns pontos entre os países do Cone Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, e Chile e Bolívia que se somaram depois).

Diferente do que acontece com a Comunidade Europeia, que se criam e negociam normas e projetos em comum, o Mercosul se resume apenas à circulação de produtos. No tema da educação, não existem relações construídas.

Neste sentido, o Programa de Escolas Associadas da Unesco (PEA-UNESCO) organiza anualmente um evento que tenta reunir representantes dos quatro países fundadores para estimular irmandade entre as escolas dos quatro países fundadores. Com uma língua comum, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai conseguiram algum projeto em comum, mas insuficiente.

Francisca Gaete, coordenadora da rede no Paraguai, comenta que o primeiro encontro internacional foi realizado no ano passado e reuniu representantes da Argentina e do Uruguai. Para o próximo ano, 2018, espera contar com escolas brasileiras.

A coordenadora da comissão nacional dos programas Unesco do Ministério da Educação na Argentina, María Florencia Dive, propõe que o patrimônio seja um elo comum entre as escolas que podem abordar a questão do patrimônio, e ajudar a valorizá-los. Carmen Orguet, do Uruguai, concorda e propõe a erva-mate como patrimônio imaterial e tema de estudo. “Talvez uma forma de começar seja realizar um concurso fotográfico em todos os países. Os premiados poderiam fazer a rota da erva-mate, percorrendo a região”, sugere.

Os profissionais que realizam o Mestrado em Educação, patrocinado pela FUNIBER, estudam em um ambiente virtual multicultural e plural, e podem construir uma rede de contatos internacional.

Fonte: Ligação entre escolas do Cone Sul ainda é promessa

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