O ensino de uma língua de herança

Professoras da FUNIBER participam de Jornada sobre experiências no ensino do Português como Língua de Herança (PLH) na Universidade de Barcelona

Com o crescente fluxo de imigrantes em todo o mundo, a cultura se compartilha além das fronteiras geográficas e se transforma rapidamente. Os imigrantes que se estabelecem em outros países e criam famílias, muitas vezes sentem a necessidade de proporcionar aos seus filhos o aprendizado da língua de origem familiar e outros elementos culturais próprios.

Com este motivo, o ensino da língua de herança cresce em todo o mundo. De acordo com a professora do Mestrado de Educação da FUNIBER, Juliana Azevedo, o ensino da língua de herança teve origem no Canadá e Estados Unidos, entre as escolas com imigrantes falantes do espanhol, principalmente. Entre os brasileiros, este movimento de ensino é mais recente.

Foi na década de 80 que se intensificou a migração do Brasil. Atualmente, de acordo com dados do governo brasileiro, há 3 milhões de brasileiros morando no exterior. Alguns desses brasileiros se organizam em associações e projetos para oferecer o ensino de PLH aos seus filhos.

Com comenta a professora da FUNIBER, “a busca por uma didática específica abriu um campo de pesquisa em plena efervescência”. A Universidade de Barcelona, em conjunto com a Associação de Pais de Brasileirinhos na Catalunha (APBC), organizam entre os dias 9 e 11 de fevereiro de 2017, a I Jornada Português como Língua de Herança, em Barcelona (Espanha).

O encontro vai reunir docentes e pesquisadores na área, além de famílias que contarão como se vive a experiência do ensino da língua de herança. O evento espera também apresentar as iniciativas de PLH em outros países. As inscrições são gratuitas, limitadas, e podem ser realizadas através do link: https://goo.gl/forms/ePHZnOG4HIfHK39U2 

As professoras da FUNIBER Juliana Azevedo e Michelle Moreira participarão da mesa “Didática de PLH: Como estruturar a aula de PLH?”, que vai acontecer no dia 10 de fevereiro.

“Ensinar nossa língua e cultura em outro país é um trabalho gratificante e pleno de significados. Também é verdade que nós, educadores de língua de herança, muitas vezes trabalhamos isolados em diferentes cidades e países. Dificilmente temos a oportunidade de trocar experiências e resolver as dúvidas em relação a esta prática docente”, afirma a professora Juliana Azevedo.

A I Jornada Português como Língua de Herança espera também conhecer outros contextos, dinâmicas e metodologias de ensino que possam colaborar para o trabalho dos educadores.

A FUNIBER como uma instituição que fomenta a educação em todo o mundo, desenvolve-se na internacionalização do conhecimento a partir também de um professorado formado por diferentes nacionalidades e localizado em diferentes países.

Fonte: http://fnbr.es/434

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