As mulheres ocupam menor espaço nas decisões executivas na área da gestão esportiva. Ao menos, é o que ocorre na Espanha, segundo indicam os dados investigados pelo jornal El País.
Na Espanha, apenas 14% das vagas de trabalho executivas no mercado esportivo estão ocupadas por mulheres. Este número se refere especialmente à presidência das federações esportivas, que como mostram os dados do noticiário espanhol, entre 65 federações, apenas duas estão presididas por diretoras mulheres.
Na Espanha, o Conselho Superior de Esportes obriga, desde o ano 2014, a que a representação feminina seja de ao menos 40% nas juntas diretivas ou órgãos similares, para que estas instituições possam solicitar subsídios do Estado.
Se não se cumpre com esta lei, as federações ficam sem dinheiro. Porém, há uma questão relevante: qual o papel das mulheres na decisão destas instituições? Basta com ter nomes femininos no quadro de profissionais?
Segundo dados do jornal, do total de 229 vagas executivas, apenas 32 estão ocupadas por mulheres. Esta diferença se deve, ao que muitas mulheres indicam, às clássicas diferenças de oportunidade a partir da questão de gênero.
O Secretário de Estado para o Deporte José Manuel Franco afirmou que isso é um problema, também, de educação e cultural. “Mas onde não se chega com a educação e a cultura, tem que empurrar e apoiar com a legislação, impondo este tipo de medida”.
Nas próximas chamadas de subvenção de 2022, os critérios serão contar com um mínimo de 40% da representação feminina na Junta Diretiva.
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Fonte: As mulheres não mandam no esporte
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