Muitos pais castigam os filhos proibindo a prática de atividades físicas. O professor da área de Esportes da FUNIBER, Xabel Secades, desmonta alguns mitos sobre o controle dos pais na agenda dos filhos
Não dá para estudar e praticar esportes. O professor ressalta que a questão principal é a organização do tempo, e quem deve ajudar o filho nesta tarefa são os próprios pais que podem ensinar como distribuir as tarefas nos horários disponíveis. O professor lembra que uma atividade física geralmente não dura mais que uma hora.
A obrigação com os deveres de casa. O excesso de deveres de casa dificulta a organização do tempo infantil concentrando muitas tarefas em casos que exigem mais memória que reflexão. Pela quantidade de trabalho, muitas vezes são os próprios pais quem acabam realizando os exercícios de casa. É importante que a escola permita que a criança ou o adolescente tenha tempo para se divertir, jogar e brincar em atividades extraescolares.
Super-filhos. A preocupação com o futuro dos filhos muitas vezes provoca nos pais uma saturação de atividades formativas. De modo geral, todos querem ter super-filhos que sejam capazes de fazer de tudo, e capacitamos em diversas aulas durante o dia. O professor Xabel Secades lembra que o aluno deve ter tempo para o ócio, que permita a criação e a imaginação.
Controle do uso das novas tecnologias. É verdade que os pais devem estar atentos ao uso dos dispositivos tecnológicos pelos filhos, orientando sobre a melhor maneira de usar as ferramentas para o desenvolvido pessoal. Porém, ao invés de proibir ou controlar que as crianças e os adolescentes usem estas plataformas, os pais podem aproveitar e compartir momentos juntos.
O professor da FUNIBER lembra que é importante que a criança seja estimulada através da imaginação, diversão e invenção que, muitas vezes, acontecem nos tempos livres. Ele sugere aos pais a não temerem as escolhas dos filhos. “Assim como os adultos, as crianças escolhem atividades nas quais eles são bons. Ninguém gosta de fazer algo por muito tempo que não sabe fazer”, diz.
O professor lembra que estudos já demonstraram que castigar não tem efeito positivo e que demonstram a falta de habilidade dos pais em lidar com as situações contrárias dos filhos. Porém ele lembra que a criança só chegará feliz a uma meta se o caminho percorrido também for positivo.
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