Querer que os lucros de uma empresa cresçam rapidamente, sem levar em conta as metas de longo prazo, é perigoso. O curtoprazismo, é uma prática com a qual, a trajetória e a reputação de uma empresa, são frequentemente colocadas em risco
Os lucros alcançados com facilidade e rapidez geralmente têm um dano subsequente. Assim afirmou Jorge López-Cifre, professor da Universidad de San Diego (Estados Unidos), em seu artigo sobre os riscos associados às estratégias de curto prazo.
De acordo com este Doutor em Economia, é muito importante que se tenha uma estrutura de incentivos correta. Caso contrário, os empresários poderiam estar tomando decisões que aumentariam seus lucros no começo, mas que prejudicariam sua empresa no futuro.
Entre os erros mais comuns do “curtoprazismo”, isto é, o hábito de agir no curto prazo, está subestimar o cliente final, reduzindo a qualidade do produto ou serviço oferecido.
Essa prática tem sérias consequências, como o declínio da reputação da empresa ou o cliente deixar de solicitar seus serviços.
No portal Cinco Días, o banqueiro e consultor Marcos Eguiguren considera que, com o curtoprazismo, o diretores entram em uma dinâmica perversa em que assumem mais riscos que o necessário.
“Este comportamento às vezes coloca metas distantes das necessidades reais do mercado em que estão inseridas ou fazem com que adotem comportamentos que, embora não sejam ilegais, são de moralidade duvidosa”, afirmou.
Tomar decisões para maximizar os lucros da empresa sem levar em conta as consequências a médio ou longo prazo é muito arriscado. Ainda mais, se a empresa tem uma longa trajetória e, até o momento, conta com uma boa reputação.
A chave é ser paciente e planejar estratégias que não prejudiquem a saúde da empresa no futuro.
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