Falta inovação em empresas latino-americanas e caribenhas

Segundo um relatório do Banco Mundial, embora existam muitas empresas atualmente na América Latina e no Caribe, falta-lhes inovação. O relatório indica que a região deve gerar um ambiente que permita aos empreendedores emergir, competir e inovar

Os empreendedores de êxito são indivíduos que transformam ideias em iniciativas rentáveis. Frequentemente, esta transformação requer talentos especiais, como a capacidade de inovar, introduzir novos produtos e explorar outros mercados, indica o relatório liderado pelo economista Daniel Lederman.

A América Latina e o Caribe são caracterizados pela vitalidade de seu empreendimento segundo a medida do número de empresas per capita. No seguinte infográfico do Banco Mundial, pode-se evidenciar o espírito empreendedor na América Latina com as porcentagens de empresas que introduziram um novo produto entre 2006 e 2010, entre os países destacados encontram-se o Peru, Colômbia e Argentina.

Entretanto, o relatório também revelou que as empresas latino-americanas introduzem produtos novos a um ritmo menor que as empresas de outras regiões em desenvolvimento. Por exemplo, países como o Equador, Jamaica, México e Venezuela desenvolvem produtos novos a um ritmo que é menos da metade que em países como Tailândia ou Macedônia.

Por outro lado, à exceção do Brasil, que investe um por cento de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento, em média a região latino-americana investe muito menos (abaixo de 0,5%), ou seja, um terço o nível da China e um quarto o nível dos países de ganhos altos.

Em relação a práticas de gestão, encontrou-se que as empresas que empregam 100 pessoas ou menos, não utilizam sistemas atualizados de gestão de talento com base em desempenho. Neste sentido, vale destacar, por exemplo, o caso da Costa Rica, cuja taxa de entrada é de quase 16 novas empresas cada 1.000 pessoas em idade de trabalhar, quadruplica o nível de referência internacional.

Uma das conclusões dos autores do relatório é que do ponto de vista das políticas é fundamental o planejamento em como abordar a lacuna no crescimento das empresas e, para obtê-lo, é necessário mudar o paradigma atual que enfatiza o apoio às empresas pequenas por um que oriente o respaldo às empresas jovens e de novas criações.

“O panorama econômico na América Latina é tal que as empresas tendem a começar pequenas e permanecer pequenas”, aponta Augusto de la Torre, economista e ex-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.

Portanto, o Banco Mundial procura incentivar novas economias apoiadas em empresas inovadoras na região da América Latina e o Caribe. Para os interessados em inovar em suas empresas, o Mestrado em Direção Estratégica promovida pela FUNIBER é um programa executivo que canaliza toda a experiência dos participantes e a complementa com a mais atualizada informação acadêmica. Este mestrado possui além disso uma forte ênfase na Direção de Empresas orientada ao uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicações.

Fonte: Informe del Banco Mundial: “El Emprendimiento en América Latina: muchas empresas y poca innovación”

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