Imprensa escrita pode ganhar força

A Internet tem conteúdos abundantes, mas os usuários estão começando sentir falta da profundidade que a imprensa escrita proporciona.

Os meios impressos passaram por uma crise mundialmente, as empresas cortaram seu investimento publicitário e muitos leitores migraram para formatos digitais. Nos meios digitais a informação caracterizou-se por ser breve e com um conteúdo muito orientado à publicidade, deixando de lado o usuário. Mas, talvez a tendência entre os leitores poderia alterar-se brevemente.

Rob Orchard, diretor do Delayed Gratification, The Slow Journalism Company, manifesta que entre os usuários de meios digitais tem crescido a “fadiga digital”, uma tendência que se caracteriza pelo aborrecimento pelos conteúdos breves do mundo virtual e pela busca de conteúdos mais reflexivos, conteúdos que os meios digitais poucas vezes oferecem em comparação à imprensa escrita. Esta tendência seria, segundo Orchard, o ponto de partida do renascimento da imprensa escrita.

Orchard opina que a reputação das marcas está diluindo-se nos meios pelo constante uso de formatos centrados no modelo financiado pela publicidade, com comunicados, reportagens publicitárias ou “adaptações”. O executivo comenta em uma entrevista para o The Drum, que os meios, marcas e criadores de conteúdo consideram o leitor apenas como um observador, só um número, mas é necessário proporcionar conteúdo de qualidade ao público, com maior profundidade e pesquisa.

Durante o último ano, a tendência da fadiga digital cresceu e o público está dando maior valor ao conteúdo impresso e, de acordo ao Orchard, os leitores procurarão consumir “menos informação foto instantânea que se usa e dispensa-se”.

As tendências dos negócios não se desenvolvem da mesma forma em todos os países, portanto, seria necessário analisar a evolução desta tendência em cada região.

Os estudantes da Área de Empresas e Tecnologia mantêm-se atentos às mudanças nas tendências dos consumidores para proporcionar bens e serviços que sirvam ao público.

Fonte: http://fnbr.es/1y6 , http://fnbr.es/1y7

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