Mudanças na gestão de pacientes em hospitais

O modelo de gestão de pacientes evolui para alcançar a integração de múltiplas especialidades

Em todos os países, a população está envelhecendo rapidamente e este segmento apresenta, na maioria dos casos, doenças crônicas ou doenças múltiplas, gerando a necessidade de modificar os sistemas de gestão dos serviços de saúde para serem adaptados às necessidades dos pacientes. A Continuidade Assistencial é um modelo que busca mudar a estrutura dos serviços de saúde para passar da derivação ao trabalho em equipe para a gestão compartilhada das doenças dos pacientes.

A gestão da informação integrada dos pacientes é uma necessidade fundamental dentro do novo esquema de atenção de Continuidade Assistencial. Além disso, é necessária uma mudança no modelo de relação médico-paciente, considerando que a organização baseada nas especialidades fragmentadas e uma Atenção Primária que não é integrada com o hospital dificultam a atenção dos pacientes a partir de uma perspectiva multidisciplinar.

Para facilitar o intercâmbio de experiências de sucesso para a melhoria da continuidade e da coordenação na atenção e na gestão de pacientes, Novartis organizou a “III Jornada de Continuidad Asistencial”. O encontro foi iniciado com a apresentação do “Documento marco para el desarrollo de la continuidad asistencial en la Comunidad de Madrid”, por Marta Sanchez-Celaya, Coordenadora de Direções de Continuidade Assistencial, quem destacou que o documento “reflete o modelo vigente de continuidade assistencial na comunidade de Madri e tem como objetivo final a atenção integrada”.

Os esforços realizados pela indústria indicam que o modelo de atenção em centros de saúde mudará e, portanto, surge o desafio de desenvolver um modelo de gestão que integre as diversas especialidades e que considero o paciente como o ponto central da estratégia de atenção. Uma mudança de cultura e de processos que deve ser abordada para alcançar com êxito a realização de uma atenção integrada aos pacientes. Sánchez-Celaya indica que o desafio consiste em criar uma nova cultura que permita desenvolver processos que favoreçam “a fluidez nos processos de atenção ao paciente, evitem a duplicidade de atividades, chegando a ações coordenadas com outras áreas de atenção em função das necessidades do cidadão”.

Carlos Mingo, Diretor Geral do Hospital Infanta Christina, destaca que é importante a incorporação de novos postos de trabalho no sistema de saúde para obter o funcionamento desta nova estrutura de trabalho, figuras como o “Diretor de Continuidade Assistencial (DCA) que articula os aspectos relacionados com a coordenação assistencial da organização, a existência da enfermeira de ligação e de extensão dos especialistas consultores nos diferentes centros hospitalares que servem de interlocutores e facilitam a comunicação entre níveis, a capacidade de possuir a história clínica compartilhada e consentir critérios de atuação em aspectos terapêuticos e por patologias através de protocolos”.

Estabelecer um novo modelo de sistema de saúde e de gestão de pacientes demanda um compromisso pela melhora contínua e propõe soluções para a gestão de serviços integrados. Os estudantes de Gestão Sanitária da FUNIBER desenvolvem habilidades para planejar novas soluções e processos na operação de centros de saúde.

Fontes: http://fnbr.es/1qp http://fnbr.es/1qq

Foto: Domínio público / Pixabay