Há poucos anos, as escolas de todo o mundo deram atenção ao problema do assédio escolar, ou bullying, e iniciaram uma série de diálogos para estabelecer as melhores estratégias para solucionar o problema. Ramón Alzate Sáes, catedrático de análise e resolução de conflitos, da Universidade do país Basco, escreveu na revistademediacion.com sobre a necessidade de incorporar a Educação na Resolução de Conflitos (ERC) nas salas de aula.
Alzate considera que a incorporação da ERC nas escolas é necessária porque agregará ao processo educativo uma série de “processos, práticas e habilidades desenvolvidas para enfrentar os conflitos individuais, interpessoais, institucionais e para criar um ambiente educativo, receptivo e seguro”. Graças à ERC, os estudantes aprendem a utilizar a comunicação e o pensamento criativo para construir relações saudáveis e evitar a violência na solução de conflitos.
O catedrático indica que o conflito é inevitável e por isso é necessário criar nas escolas a consciência de programas como ERC. Além disso, ele indica que pode levar de 3 a 5 anos para que os professores sejam realmente competentes no domínio da metodologia que lhes permitirá desenvolver as novas habilidades nos estudantes.
Negociação, reuniões de classe, tomada de decisões consensuais são só algumas das estratégias que permitiriam formar uma escola pacífica a longo prazo. No entanto, para alcançar a incorporação da ERC nas salas de aula é necessário superar três dificuldades, de acordo com Alzate:
– A falta de formação na resolução de conflitos de mestres e professores, abarcando temas como comunicação interpessoal, educação afetiva e outras questões semelhantes.
– Baixo nível de comodidade no desenvolvimento de programas ERC.
– Professores com pouca formação no ensino de ERC oferecem aos alunos mensagens pouco consistentes.
A educação na resolução de conflitos permite formar cidadãos que “atuam de forma responsável e civilizada em suas interações ou em seus processos de resolução de conflitos”, explica Alzate em seu artigo.
A informação precoce na resolução de conflitos permite mais à frente a formação de empresas mais harmoniosas e pacíficas.
Os alunos do mestrado em resolução de conflitos e mediação oferecido pela FUNIBER, aprendem estratégias para gerenciar nas organizações ambientes que sejam harmoniosos, que se resolvam as dificuldades de forma pacífica.
Fonte:
http://revistademediacion.com/wp-content/uploads/2013/08/Revista-Mediacion-6-02.pdf
Foto CC:
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