Transformar a casa num espaço inteligente

Especialista em arquitetura comenta o que se deve ter em conta na hora de instalar a domótica numa casa já construída

Há pouco tempo atrás,  aplicar a domótica, ou seja, um sistema inteligente integrado à casa, era algo difícil e custoso.  Os preços eram altos, o sistema apresentava falhas de forma reiterada, os resultados não eram muito estéticos e faltava pessoal para instalar e manter o funcionamento dos sistemas domésticos.

Agora, cada vez mais a domótica passa a ser parte do cotidiano e muitos querem incorporá-la ao projeto. Ela deixa de ser um luxo e se converte numa solução factível para todos os tipos de construções.

Mas muitos se perguntarão: só para os novos projetos? E as reformas? Segundo o site especializado em arquitetura, ArchDaily, “tanto em pequenas como em grandes remodelações, estes sistemas podem entregar um novo funcionamento automatizado que responda aos requerimentos e necessidades dos usuário, melhorando a moradia e o conformo dos espaços, aumentando a segurança e potencializando a longo prazo a economia de energia e dinheiro”, afirma Fabian Dejtiar, editor do site em espanhol.

Mas ele ressalta alguns fatores que devem ser analisados antes de começar um projeto de remodelação com a domótica:

  • Rede de Comunicação – É imprescindível conhecer os meios de conexão possíveis, dentro e fora da obra, para saber os tipos de cabos ou métodos sem fio possíveis. No caso das redes WiFi ou outros sistemas sem fio, é importante lembrar que podem ocorrer mudanças no protocolo do sinal, o que geraria incompatibilidade no sistema.

“Ao abordar remodelações, especialmente em construções antigas, é necessário revisar as características materiais do edifício – por exemplo, uma alta presença de ferro ou paredes muito grossas – que poderiam apresentar latências ou interferências”, comenta Dejtiar.

Uma possível solução é usar um sistema de cabos chamado cabo BUS, que permite uma conexão entre diferentes dispositivos e elementos, e além disso, não representam maiores gastos nem complicação.

  • Setores prioritários – É importante analisar quais são os primeiros elementos a serem controlados. De acordo com Fabian Dejtiar, vai depender do interesse de cada um. Se a principal intenção com a domótica é economizar nos gastos energéticos, a transformação deveria então começar pela iluminação e pela climatização.

Ir por etapas pode ser uma estratégia que ajuda a analisar se o sistema funciona segundo as expectativas, se apresenta vantagens e atende às necessidades do usuário.

No Mestrado em Projetos de Arquitetura e Urbanismo, patrocinado pela FUNIBER, os profissionais podem se capacitar para elaborar e dirigir projetos capazes de responder às demandas ambientais, tecnológicas e sociais.

Fonte:

Domótica en remodelaciones: ¿es posible transformar un proyecto construido en un edificio ‘inteligente’?

¿Cómo diseñar casas inteligentes? 8 consejos para incorporar la Domótica en la arquitectura

Foto: Todos os direitos reservados