Criam aplicativo para caçar mosquitos com colaboração cidadã

Pesquisadores do CONICET, na Argentina, desenvolveram um aplicativo para “caçar mosquitos” com o objetivo de mapear algumas espécies, com ajuda da população

Caza mosquitos é um aplicativo para celulares que busca reunir informação sobre a presença e localização de mosquitos em entornos urbanos, e assim alimentar uma base de dados que permita monitorar a expansão das diferentes espécies em regiões nas quais não puderam ser encontradas até agora.

As espécies de mosquitos Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes albifasciatus são transmissoras de doenças virais na Argentina, e é por isso que a equipe formada por Raúl Campos, pesquisador independente do CONICET, e Cristian Di Battista, bolsista da Comissão de Pesquisas Científicas da Província de Buenos Aires (CICPBA), elaboraram uma ferramenta que permite “caçar” mosquitos urbanos.

O aplicativo funciona de maneira muito fácil: se um cidadão (usuário) encontra um mosquito, tira uma fotografia que, ao ser carregada no aplicativo, reportará a presença do inseto em sua zona. Posteriormente, será tomada por diferentes diagramas e tabelas comparativas para que se possa diferenciar de que espécie se trata.

Os dados enviados pelo usuário são recolhidos por integrantes do Laboratório de Ecologia de Insetos do ILPLA, para localizar detalhadamente cada uma das espécies nas regiões que habitam, respectivamente.

Para diferenciar de que espécie se trata, o usuário recebe informação sobre as estruturas comparativas de cabeça, tórax, abdômen e patas que mostram os diferentes padrões de coloração. Logo depois que os dados são enviados, vários especialistas em mosquitos revisam e validam a informação recebida, que é carregada automaticamente em um mapa interativo, disponível no aplicativo e na página web do ILPLA.

Este não é o primeiro projeto em que a ciência e cidadania se unem, pois Joaquin Cochero, pesquisador assistente do CONICET no ILPLA já desenvolveu o aplicativo AppEAR, sob o conceito de ciência cidadã para cuidar e aprender sobre os ambientes aquáticos.

A participação cidadã não só permite alimentar a base de dados científica, também outorga à população “capacidade para reconhecer rapidamente seus locais de criação (mosquitos) e elimina-los de suas casas para impedir sua proliferação e evitar a transmissão de doenças” afirma Cristian Di Battista.

Esta iniciativa abre um campo interessante de atuação para especialistas em criação de aplicativos da área de TI que podem contribuir nas pesquisas de Meio Ambiente da FUNIBER.

Fonte de informação: Caza Mosquitos: una app científica y colaborativa

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