Cidades que melhoram a acessibilidade no transporte público

Exemplos de medidas tomadas por algumas cidades que melhoraram a acessibilidade no transporte público servem como exemplo para a mobilidade urbana

Há muito o que fazer para adaptar a cidade às pessoas com dificuldades de acessibilidade. De acordo com a ONU, os estados devem adotar medidas para garantir o acesso de pessoas com incapacidade, “em igualdades de condições com as demais, ao entorno físico, o transporte, a informação, as comunicações”.

É verdade que há muito o que avançar neste âmbito. Mas algumas cidades já vêm se esforçando para transformar os acessos aos espaços e transportes públicos. O site Plataforma Urbana elencou alguns exemplos de medidas adotadas por algumas cidades que podem ser aplicados em outros municípios. Nos estudos em Projetos da FUNIBER, o conhecimento de casos exitosos permite ao profissional da área uma melhor atuação no trabalho.

Londres (Inglaterra)

Em Londres, a maioria dos ônibus já contam com uma plataforma baixa que permite o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Formada por uma rampa móvel, todos os usuários do transporte podem facilmente subir e descer. Além disso, há sempre um espaço reservado para cadeirantes.

Já nas estações de trem, é possível solicitar a ajuda de assistentes disponíveis especialmente para acompanhar uma pessoa com dificuldades. Assim, será mais fácil se movimentar pela estação, subir e descer dos trens.

Também os táxis estão adaptados por lei para transportar pessoas com incapacidade. Chamados de Black Taxi ou Black Cab, a cidade possui mais de 22 mil veículos deste tipo que estão totalmente equipados e oferecem comodidade para as diferentes incapacidades, veja no vídeo:

Já nos pontos turísticos, especialmente nos mais famosos como são o London Eye, a Torre de Londres e a Abadia de Westminster, uma pessoa que use cadeira de rodas poderá contar com um acompanhante sem ter que pagar uma entrada extra.

A cidade preparou um mapa de acessibilidade com detalhes dos lugares que possuem acessibilidade, destinado aos moradores e turistas com mobilidade reduzida.

Liubliania (Eslovenia)

Desde 2007 que nenhum veículo motorizado pode circular pelo centro desta cidade. Para melhorar ainda mais o uso dos espaços públicos, foram instalados trajetos tácteis e retirados obstáculos nos passeios que representavam dificuldades para quem tem incapacidade.

A cidade também disponibiliza veículos elétricos de forma gratuita para as pessoas com mobilidade reduzida, sejam cadeirantes ou adultos da terceira idade. Já os motoristas dos transportes públicos são obrigados a realizar cursos de conscientização sobre a acessibilidade.

Estas e outras medidas deram à cidade a menção especial ao Prêmio Cidade Acessível 2012 da União Europeia.

Curitiba (Brasil)

Conhecida por diversas iniciativas importantes na área de sustentabilidade urbana, a cidade tem 72% dos moradores usuários de transporte público. Por isso, na política de melhoria da acessibilidade no sistema de transporte, 94% da frota possui acessibilidade total, com rampas que facilitam o embarque nos níveis da rua.

Os ônibus também têm sinais luminosos que indicam a abertura das portas dos ônibus, beneficiando especialmente pessoas com deficiência auditiva. No encosto dos bancos especiais, plaquetas em braile apresentam o número do veículo para que a pessoa com deficiência visual possa identificá-lo.

Uma nova medida lançada pelo governo deu à cidade menção honrosa no Sustainable Transport Award 2017. Chamada como cartão “Respeito”, a tecnologia permite modificar o tempo dos semáforos para pessoas com dificuldade de locomoção como são cadeirantes e idosos. Com o cartão, o tempo do sinal aumenta em 50%.

Hoje há 120 conjuntos de semáforos inteligentes que permitem que o pedestre com incapacidade possa atravessar de maneira mais segura.

Fontes: http://fnbr.es/3hb, http://fnbr.es/3hc, http://fnbr.es/3hd

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