O governo chinês pretende criar, nos próximos anos, uma megacidade que poderá abrigar cerca de 130 milhões de habitantes. A proposta quer unir a capital Beijing à província de Hebei e à cidade de Tianjin, com a intenção de descentralizar os serviços, facilitar a mobilidade dos habitantes e fomentar a economia.
A ideia é criar uma Zona de Livre Comércio, em que cada cidade tenha uma especialidade: Beijing seria a capital tecnológica e cultural, enquanto Tianjin se especializaria em pesquisas e Hebei, em negócios e indústria têxtil.
Para isso, o governo fará mudanças na localização de vários serviços. Algumas secretarias governamentais, centros de pesquisas, hospitais e indústrias contaminantes que atualmente estão na capital serão deslocados a outra regiões.
A megacidade será do tamanho do estado do Paraná, com cerca de 210 mil Km². A mobilidade entre as regiões será facilitada pela união de estradas e pela duplicação do trem de alta velocidade, que conecta as três cidades em uma hora, já que atualmente o deslocamento de trabalhadores pode chegar a levar de seis horas.
Na prática, as cidades já estão conectadas, mas até o anúncio dessa medida havia uma política de restrição ao aumento do número de habitantes de Beijing, levando muita gente a morar nos arredores da cidade. Mas, com esse projeto, a política foi alterada e o governo agora quer integrar ao invés de separar. Com isso, deseja fortalecer a economia local, que é mais fraca que a de outras regiões do país.
Depois de constituir essa primeira megacidade, o governo chinês deseja construir mais nove em todo o país.
Para ampliar o conhecimento sobre cidades, a FUNIBER realiza o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, que oferece aos seus alunos a possibilidade de refletir sobre os impactos das intervenções nas cidades do século XXI.
Fontes: http://fnbr.es/1hn, http://fnbr.es/1ho
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