Cibersegurança na América Latina, uma tarefa pendente

No Dia Internacional da Segurança da Informação, revisa-se o estado da segurança cibernética na América Latina

Todos os dias 30 de novembro, desde 1988, o Dia Internacional da Segurança da Informação é celebrado em todo o mundo. Esta data, promovido pela Association for Computing Machinery (ACM), tem como objetivo lembrar os usuários e as organizações sobre os perigos que existem na Internet, e disseminar medidas para agir contra os ciberataques.

Em geral, na América Latina, a segurança na Internet é uma tarefa pendente. Isso é indicado por um relatório elaborado em 2016 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). De acordo com este documento, os países da região são insuficientes para prevenir e mitigar os riscos de atividades criminosas ou maliciosas no ciberespaço. Mais especificamente, o cibercrime custa à América Latina e ao Caribe cerca de 90 bilhões de dólares por ano.

Dados recentes da empresa de segurança de computadores Kaspersky indicam que entre janeiro e agosto de 2017 houve 677 milhões de ataques cibernéticos na América Latina, um a cada 33 segundos. Esse número indica que, nesse período de 2017, houve um aumento de 59% nos ataques em relação a 2016. O Brasil foi o país que mais recebeu, com 53%. Em segundo lugar está o México, com 17%, e em terceiro lugar a Colômbia, com 9%.

Possíveis soluções

De acordo com James Andrew Lewis, diretor do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais programa (CSIS), uma das soluções nacionais é cooperar com outros países para reforçar a estabilidade e a segurança dos recursos mundiais cibernéticos. “Algo que aprendemos em segurança cibernética é que nenhuma nação sozinha pode proteger adequadamente suas redes. A cooperação é essencial “, diz ele.

Para Manuel J. Gazapo Lapayese, diretor do Observatório de Segurança Internacional, algumas das soluções envolveriam o aumento de fundos para políticas de segurança virtual e a proteção ativa de infraestruturas críticas, como cabos submarinos. O Manuel Gazapo afirma no jornal Alnavío que um ataque a essas infraestruturas poderia significar a perda de bilhões para governos e empresas privadas.

Centro especializado

Atualmente, na América Latina, existem dois centros dedicados ao combate ao cibercrime. O primeiro foi criado em 2016 na Argentina e é o BA-CSIRT (Equipe de Resposta a Incidentes de Segurança de Computadores de Buenos Aires). Dedica-se a informar, orientar e fornecer ajuda a usuários que tenham um incidente relacionado à segurança e tecnologia.

Por outro lado, recentemente se anunciou a criação de um novo centro, o Tec Cybersecurity Hub, localizado no México, que promoverá a pesquisa e o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a segurança digital. O projeto é o resultado de uma aliança entre o Tecnológico de Monterrey, a CISCO, a Deloitte, a IBM, a Thales e a Universidade do Texas. Seu objetivo é proporcionar um espaço para startups, pesquisadores, professores, estudantes e investidores se unirem à missão de investigar e conscientizar sobre ameaças cibernéticas.

A segurança de rede é um problema que preocupa organizações e governos em todo o mundo. Para todos os interessados ​​em enfrentar os desafios de segurança cibernética envolvidos na implementação da Internet e das redes, a FUNIBER promove o Mestrado em Gestão Estratégica em Tecnologia da Informação. Este programa oferece uma visão completa do pensamento estratégico, desde o planejamento de negócios até sua implantação em estratégias de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).

Fonte: A cada 33 segundos há um ataque cibernético na América Latina

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