Reaparecem os óculos de realidade virtual

Em 2014, a Google lançou seus óculos virtuais e os retirou do mercado pouco depois de cumprir um ano, agora reaparecem como uma proposta nova dirigida a outro público alvo

Os óculos de realidade virtual criados pela Alphabet (a casa matriz da Google) foram batizados como “Google glass” em 2014 e comercializados como uma versão “Explorer” a um custo de 1.500 dólares. Atualmente, reapareceram no mercado com o nome “Glass Enterprise Edition”.

Não se trata dos mesmos óculos porque embora em 2014 a Google os oferecia como um produto que oferecia diversas funções, desde revisar informação instantaneamente através de uma tela interior, até realizar chamadas graças ao comando de voz, no início de 2015 foram retirados do mercado porque, conforme pesquisa realizada pelo Forrester, empresa de pesquisa de mercados, 50% dos americanos estavam preocupados com o impacto dos óculos inteligentes na privacidade.

Durante este último ano, a Google desenvolveu testes em coordenação com outras companhias de todo o mundo para dar um uso mais empresarial a este produto. É assim que empresas como a General ElectricVolkswagen e Boeing estão entre as mais de 50 companhias que estão experimentando uma versão destas lentes através de uma aquisição limitada.

No caso da empresa Boeing, há meses começaram a usá-las em algumas de suas divisões, por exemplo, nas que se encarregam de produção e montagem, onde precisam contar com uma tela que lhes permita consultar informação instantaneamente.

Melhoras do novo desenho

A evolução dos óculos está relacionada à inserção de um melhor processador, com mais memória e um design que permite que seja desligado ao dobrar as hastes.

Diferentemente do modelo “explorer”, a edição “enterprise” avisa quando começa a gravar ou capturar fotos, uma grande diferença dos óculos anteriores do Google que cruzavam a linha da privacidade ao gravar ou fotografar sem aviso prévio.

Em linhas gerais, trata-se de um produto mais cômodo para o uso, que incorpora inovações, sem perder seu design minimalista. O relançamento deste produto é um claro exemplo de como a constante melhoria contínua pode gerar mudanças que trarão valor aos usuários finais.

Pedro Caparros, especialista na área de Desenvolvimento Tecnológico da FUNIBER considera que os óculos da Google podem ser utilizados de forma proativa por diferentes perfis e em distintos contextos.

“Por exemplo, um turista pode acessar a informação do que vai visitando em tempo real. Do mesmo modo, quanto ao sistema de aprendizagem, um estudante de Nutrição, na modalidade a distância, através dos óculos pode acessar imediatamente a informação prática sobre o valor nutricional de frutas ou verduras”, afirma Caparrós.

A FUNIBER patrocina mestrados da área de Projetos que promovem iniciativas desta índole para explorar possibilidades que permitam melhorar a experiência educativa dos alunos com bolsa de estudos nos diferentes mestrados.

Fonte: Tras pasar años marginados, Google desempolva los Google Glass

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