IBM cria rede de neurônios artificiais

Pesquisadores da companhia IBM desenvolveram uma rede de neurônios artificiais para a transferência e análise de dados que funcionam como o cérebro humano

No avanço da computação cognitiva, a IBM dá um grande passo. Os cientistas da gigante tecnológica criaram neurônios e sinapses artificiais capazes de imitar a capacidade cognitiva de aprendizado de nosso cérebro.

O laboratório da IBM construiu uma rede de 500 neurônios artificiais para estudar sua funcionalidade na transferência de dados. O projeto se destaca pelo uso de materiais já conhecidos e por oferecer um design de fácil réplica, e de baixo consumo de energia.

A nova criação utiliza materiais que mudam de fase para armazenar e processar dados, uma novidade que representa um marco no desenvolvimento de redes neurais que podem ser aplicadas na computação.

Divulgada pelo jornal Nature Nanotechnology, a invenção é o resultado de dez anos de pesquisas. Entretanto, como afirmou um dos cientistas da IBM, Evangelos Eleftheriou, ainda serão necessários muitos anos para que um chip com esta invenção esteja disponível no mercado.

Copiando o cérebro

Para a criação do neurônio artificial, os cientistas analisaram como poderia ser possível criar capacidades versáteis de grandes populações de neurônios. Comparar os sistemas biológicos às densidades e microvoltagens foi realmente um desafio.

A resposta está na variação aleatória dos neurônios artificiais. No campo da estática, esta variação é utilizada para determinar possíveis resultados em análise de dados e por isso é possível determinar a probabilidade das correlações.

O autor do artigo publicado e cientista da IBM, Tomas Tuma, afirmou em Zurique que “basicamente opera como o cérebro, com pulsos curtos de voltagem vindos através de sinapses que excitam neurônios”.

De acordo com Tuma, os cientistas usaram um pulso curto de quase um nanossegundo para induzir a mudança de material.  Esta mudança representa a capacidade de responder de forma diferente na representação de sinais e da computação.

Fontes:http://fnbr.es/3athttp://fnbr.es/3auhttp://fnbr.es/3av

Foto: IBM/Divulgação