Desenvolvimento no campo de computação quântica promete mudanças nos computadores convencionais. Empresas como IBM já possibilitam o acesso ao modelo através da nuvem
De acordo com Vern Brownell, presidente e CEO da D-Wave, empresa cujo sistema quântico já está na sua segunda geração, os recursos exigidos pela computação clássica estão no limite de fornecimento. “Estamos no início da Era Quântica”, afirmou.
Lançado há 17 anos, a D-Wave lançou o chamado “primeiro computador quântico comercialmente disponível em todo o mundo”. Desde 2010, quando começaram as vendas, a empresa duplicou o número de qubits (bits quânticos) a cada ano nas suas máquinas. Atualmente, o sistema possui mais de mil qubits.
Os bits usados por computadores tradicionais representam dados em códigos de 0s ou 1s. Na computação quântica, os qubits podem ter além dos códigos binários, ou seja 0 e 1, um estado conhecido como superposição que permite novos níveis de desempenho e eficiência. Com este potencial, as máquinas podem ter uma performance muito superior ao que temos hoje com os computadores tradicionais. “Os computadores quânticos terão impacto em quase todas as disciplinas. Isso permite novas ferramentas para cientistas e desenvolvedores”, afirma Brownell.
Entre os clientes, empresas como Google e a NASA utilizam computadores D-Wave. Após um experimento realizado com a tecnologia quântica, a Google afirmou que o sistema demonstrou ser 100 mil vezes superior ao sistema que usamos atualmente. “O que uma máquina D-Wave faz em um segundo levaria 10 mil anos para um computador convencional com um único núcleo”, disse Hartmut Neven, diretor de engenharia do Google durante conferência para imprensa para anunciar o resultado.
Implantar o modelo quântico em nuvem
A maneira mais típica de implantação deste sistema será através do acesso em nuvem. A IBM já disponibiliza capacidades quânticas para seus clientes através deste meio, a partir do sistema desenvolvido que está orientado a tarefas mais diversas que ao sistema da D-Wave, que é mais específico.
A IBM tem planos de construir um computador quântico na ordem de 50 a 100 qubits nos próximos 10 anos, e vem investindo neste setor. Há dois anos, comprometeu US$ 3 bilhões para analisar o design de computadores convencionais para uma adequação a possíveis transformações para os sistemas quânticos.
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Fonte: http://fnbr.es/368
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