Iniciativas em educação são necessárias nas empresas e entre as mulheres para motivar o trabalho feminino em postos de trabalho em TI
Augusta Ada King (matemática e conhecida como a primeira programadora de computadores), Frances Elizabeth Allen (informática e primeira em otimizar compiladores), Lynn Conway (programadora e inventora), Evelyn Berezin (desenhista do primeiro processador de texto) e Jude Milhon (hacker) são nomes conhecidos no setor das tecnologias. Não obstante, suas contribuições foram valorizadas anos depois.
Estas mulheres serviram de exemplos para Marissa Mayer, diretora da companhia Yahoo; Mitchell Baker, promotora do Mozilla; ou para Roya Mahboob, que fundou o Software CO, entre outras mulheres empreendedoras desta área.
Hoje em dia, os homens ocupam os principais postos de trabalho da maior parte das empresas de TI devido às desigualdades de condições laborais e domésticas. Além disso, não chegam referências importantes femininas a muitas mulheres, como as citadas anteriormente, e não desenvolvem muita relação com o âmbito profissional tecnológico.
A motivação de participar dos setores de tecnologia deve surgir das mulheres. Para isto, falta incentivar as empresas para que desenvolvam postos de trabalho direcionados ao gênero feminino. Além disso, a escola deve aplicar práticas e recursos que habitem as meninas para habilidades científicas, tecnológicas e matemáticas.
Falta motivação para que as mulheres alcancem as metas de plano de carreira, já que muitas se percebem desvalorizadas no trabalho. Segundo Regina Agyre, fundadora do Soronko Solutions, deve-se incorporar a mulher na tecnologia para que melhorem suas habilidades, como, por exemplo, a criatividade. Em geral, o gênero feminino é mais crítico, o que possibilita o pensamento científico e o descobrimento de novas técnicas.
Cheryl Miller, fundadora e diretora executiva do Zen Digital Europe, está ajudando a que as mulheres se encaixem neste mundo premiando aquelas que se sobressaem na tecnologia e criando um sistema no qual as mulheres especialistas deste campo possam comunicar-se desde qualquer região. Seu trabalho de inclusão digital e equidade de gênero foi reconhecido pelas Nações Unidas e pela Comissão Europeia.
Embora muitas mulheres não se encontrem em setores de desenvolvimento tecnológico, há muitas que sim fazem uso dos recursos de TI em diversos outros âmbitos profissionais. Estão buscando o êxito, unindo a vida laboral com a familiar. Para permitir a igualdade de oportunidades trabalhistas entre os gêneros, as empresas deveriam impulsionar iniciativas que garantam o equilíbrio entre as demandas do trabalho às tarefas domésticas, para evitar que as carreiras sejam afetadas.
Para melhorar os espaços de trabalho, movimentos sociais como o “ciberfeminismo” colaboraram. O termo foi cunhado na década de 90 pelo pesquisador Sadie Plant, para definir o movimento feminino interessado em teorizar, criticar e usar os meios TIC e o ciberespaço. “É uma cooperação entre mulher, máquina e novas tecnologias”, disse Sadie.
Por Marta Sousa
Fontes: http://fnbr.es/315, http://fnbr.es/316, http://fnbr.es/317
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