Associação de operadoras anuncia objetivo de conectar 75 milhões de mulheres de países em desenvolvimento
Uma iniciativa lançada durante o Mobile World Congress, que aconteceu em fevereiro, em Barcelona, espera conectar 75 milhões de mulheres à internet móvel e à internet paga através do celular. Os planos são da grande organização que defende os interesses das operadoras de telefonia, a Grupe Spécial Mobile Association (GSMA).
De acordo com o anúncio feito durante o evento, a associação quer conectar as mulheres que vivem em países pobres, até 2020. O diretor geral da GSMA, Mats Granryd, indicou a necessidade de ampliar a proporção de clientes femininas das operadoras. “Num mundo cada vez mais conectado, as mulheres atualmente estão ficando para trás”, disse. A estimativa indica que há 200 milhões a menos de mulheres do que homens que possuem um smartphone nos países com baixas rendas.
Para alcançar os objetivos do programa, as operadoras deverão aumentar o número de agentes de atenção às clientes femininas, melhorar o processo de recarregar dados e facilitar a alfabetização digital através de projetos educativos e material interativo. A primeiras companhias telefônicas que começarão a aplicar o programa são Axiata PLC, no Sri Lanka; Digi Telecommunications, na Malásia, Indosat Ooredoo, na Indonésia; Ooreeoo, nas Ilhas Maldivas e Myanmar; Robi Axiata, em Bangladesh; Tigo, em Ruanda e Turkcell, na Turquia.
O diretor executivo da telefonia Digi, na Malásia, Albern Murty, afirmou o compromisso de aumentar o acesso de internet às mulheres no país: “nos comprometemos a aumentar a proporção de mulheres entre nossos clientes em Malásia de 42% atuais a 47% até 2020”, afirmou em comunicado.
Além de promover a igualdade de oportunidades, o programa também espera ser lucrativo como negócio. Como informa a GSMA, a iniciativa poderia desbloquear uma oportunidade valorada em 170 milhões de dólares para a indústria da internet móvel, entre 2015 e 2020.
O acesso à internet representa oportunidades socioeconômicas ao facilitar a informação às mulheres, como acontece com alunas dos cursos da FUNIBER, que através da educação à distância, podem atualizar e ampliar os conhecimentos e as habilidades profissionais.
Fonte: http://fnbr.es/2hk
Foto: http://fnbr.es/2hk