Estudo indica as barreiras que devem ser superadas para ampliar a conexão à internet na América Latina e Caribe e garantir a inclusão digital
Durante o Mobile World Congress, realizado na semana passada em Barcelona (Espanha), a GSMA Intelligence, associação que representa os interesses das operadoras no mundo inteiro, anunciou novos relatórios sobre a banda larga móvel na América Latina e Caribe. De acordo com o estudo, será necessário ampliar a colaboração entre as operadoras móveis e os governos para estender os serviços de conectividade móvel e internet para a inclusão digital na região.
O diretor da GSMA para América Latina, Sebastián Cabello, avaliou os resultados do estudo e defendeu a ampliação do acesso e da cobertura de rede: “A banda larga móvel é o principal meio de oferecer acesso à internet a preços reduzidos na América Latina e Caribe. Essa possibilidade gera uma ampla variedade de benefícios socioeconômicos e dá respaldo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”.
Apesar de haver grande alcance da banda larga móvel, já que apenas 10% da população está fora do alcance de uma rede 3G ou 4G, somente 33% é usuário dos serviços. Os dados indicam a necessidade de conectar quase 363 milhões de pessoas. Desta população, 100 milhões vivem no Brasil, o maior mercado da região.
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Desafios da banda larga móvel
De acordo com o relatório, alguns dos obstáculos que devem ser superados para a inclusão digital refere-se a:
- Falta de conteúdo atrativo e relevante: A análise de dados de tráfego mostra que menos de 30 por cento do conteúdo acessado na América Latina e Caribe está traduzido em idiomas locais. Além disso, grande parte do conteúdo está associado ao entretenimento, e não apresenta as possibilidades e potenciais de impacto que a internet móvel oferece.
- Falta de competências no digital: Falta uma alfabetização digital que impede que muitos usuários possam explorar todos os benefícios da internet.
- Acessibilidade: Uma das barreiras importantes para o acesso à internet é o imposto que representa um alto custo para a propriedade móvel. O relatório conclui que uma redução nos impostos e taxas, tanto para os consumidores como às operadoras, poderia contribuir para melhorar a acessibilidade.
- Cobertura de rede: É necessário cobrir os territórios ao 100%, incluindo zonas com baixos índices demográficos. Apesar de não ser comercialmente viável, poderia ser interessante para acordos entre a sociedade civil, governo e empresas.
Para conhecer os estudos, publicados em espanhol e em inglês:
“Digital inclusion in Latin America and the Caribbean” – English | Español
“Content in Latin America: Shift to local, shift to mobile” – English | Español
“Closing the coverage gap in Latin America” – English | Español
Fonte: http://fnbr.es/2f4
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