Reino Unido quer atrair startups brasileiras e dá dicas para quem pensa em levar o negócio a terras britânicas
Quando se fala em Reino Unido, muita gente no Brasil pensa em elementos tradicionais, como a família real, a História ou Shakespeare. No entanto, para Joanna Crellin, diretora-geral do UK Trade & Investment no Brasil, falta uma perspectiva real aos brasileiros, que ainda não sabem ver o Reino Unido como o país moderno que é, com uma força enorme em indústrias criativas. “Para ser uma empresa mais competitiva, é preciso se internacionalizar. Então, por que não Londres?”, provoca.
Apesar da cidade de Londres ser o terceiro maior polo de tecnologia do mundo — atrás apenas do Vale do Silício e de Nova York –, ainda não está entre os destinos mais comuns dos empreendedores digitais brasileiros.
Para mudar esta realidade, o especialista em tecnologia do UK Trade & Investment Chris Moore visitou o Brasil em setembro para fazer uma rodada de palestras e visitas a empresas brasileiras com potencial de expansão internacional, com o objetivo de atrair empreendedores digitais brasileiros para abrir escritórios no Reino Unido.
Existem vantagens. A carda tributária, por exemplo, é de 20% contra os 35% cobrados de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica no Brasil e empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento recebem incentivos na forma de renúncias fiscais. Além disso, estar em solo britânico pode facilitar a entrada na Europa continental, um mercado consumidor maior do que o norte-americano.
Para guiar a abertura de uma filial de startups no Reino Unido, eles dão as seguintes dicas:
– Documentação: saiba qual é tipo de visto será necessário para você e reserve um tempo para levantar todos os documentos necessários, seguindo a ordem estabelecida.
– Opções: busque diferentes opções de cidades, já que Londres pode não ser a melhor escolha para a sua empresa. Existem cidades com perfis diversos, como Manchester, ideal para empresas de mídia, ou Cambridge, que pode oferecer apoio da universidade.
– Consultoria: faça uma consultoria gratuita no UK Trade & Investment, antes de tomar uma decisão. Eles podem ajudar no estabelecimento e na expansão da empresa.
– Banco: Por conta das regulações contra lavagem de dinheiro, um estrangeiro sem histórico de crédito pode ter dificuldades para abrir uma conta bancária no Reino Unido. Dê preferência por um banco com presença nos dois países para poder atestar seu histórico financeiro.
– Relações: Participe de grupos e de eventos, pois são as melhores maneiras de conhecer potenciais clientes no país.
O setor das startups continua em alta. Trata-se de uma oportunidade para os alunos da área de Tecnologia da FUNIBER, que podem desenvolver negócios baseados nas TICs e entrar neste setor que só tende a se ampliar nos próximos anos.
Fonte: http://fnbr.es/1qc
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