No artigo publicado no New York Times, a jornalista Claire Cain Miller faz uma busca para saber onde e quem está usando o Google Glass, em San Francisco, nos Estados Unidos. A venda ao público em geral está prevista para começar em poucos meses e há diferentes opiniões sobre o uso dos óculos conectados à internet.
De acordo com Chris Curran, tecnólogo chefe da unidade norte-americana da PricewaterhouseCoopers, uma empresa de consultoria de negócios, “estou certo de que o Google adoraria que essa tecnologia fizesse sucesso junto aos consumidores, mas não estou certo de que os consumidores venham a apreciá-la”, disse.
No âmbito profissional, os óculos prometem mais aceitação. Para alcançar o mercado das empresas, o Google vai anunciar um programa denominado “Glass for Work” que pretende dar mais opções destinadas às companhias.
Entre as polêmicas do uso dos óculos, um fator positivo é sem dúvida o uso importante em muitos campos como engenharia e saúde. Por exemplo, a repórter cita que a empresa Sullivan Solar Power, que instala painéis solares no sul da Califórnia, já usa o Google Glaas para mostrar informações, aos técnicos, das conexões elétricas de certos telhados. O diretor de TI da empresa, Michael Chagala, diz que “o pessoal de construção e os técnicos de campo estão subindo escadas e interagindo com equipamentos potencialmente perigosos. Poder trabalhar com as mãos livres é essencial”, afirma.
Também há clínicas que já usam o aparelho para cirurgias e ressonâncias. De acordo com o cirurgião pulmonar do hospital universitário de San Francisco, Dr. Pierre Theodore, “há uma transição pequena de atenção entre ver o paciente e ver informações cirúrgicas críticas em seu campo de visão. Creio que isso possa ser, e vá ser, revolucionário”, diz.
Petroleiros, policiais, bombeiros e até jogadores de basquete estão utilizando o Google Glass. Aparentemente, nas empresas o consumo estará garantido. Mas a venda em larga escala ao consumidor geral, será que vai pegar?
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