Nos últimos anos, a indústria de panificação no Brasil vem avançando em equipamentos para garantir as regras da norma regulamentadora número 12 (NR 12) do Ministério do Trabalho que exige segurança técnica para evitar acidentes e garantir a integridade dos funcionários. Hoje em dia, há mais máquinas nacionais e estrangeiras que economizam energia e são mais ecológicas.
Um exemplo é a máquina de reciclagem que transforma os resíduos sólidos em adubo ou base de ração animal. O equipamento consegue reduzir até 90% do peso inicial do que é descartado, e sem utilizar água, consegue transformar lixo em biomassa. A padaria pode usar o adubo como moeda de troca com fornecedores enquanto se economiza a água para limpar a padaria.
Outro instrumento importante é a tecnologia dos “fornos inteligentes” que através de um botão, o computador coloca ou retira uma fornada. Desenvolvido pela indústria Ferri, de São Paulo, a máquina controla a partir de um painel digital a quantidade de vapor para diferentes receitas.
O setor de panificação no Brasil atrai empresas de diferentes países. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), Antônio José Pereira, empresas estrangeiras estão interessadas em implantar filiais aqui. “Tanto é verdade que temos três empresas estrangeiras que instalaram fábricas aqui. Temos a Ramalhos, a Ferneto e a Prodipani, que produzem máquinas, equipamentos e insumos aqui no Brasil. Há uma outra alemã chegando para fechar uma joint venture com uma empresa brasileira”, disse Pereira.
Com a NR12, há espaço para fabricantes de máquinas porque muitas padarias serão obrigadas a renovarem. A tendência é o desenvolvimento da indústria brasileira, mas Antero José Pereira não descarta a vinda de empresas estrangeiras para fomentar o setor.
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