Há dois meses, o Twitter anunciou que pretende captar US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões) numa oferta pública de ações na bolsa de valores americana. A grande oferta ressalta o otimismo da empresa.
Fundado há apenas sete anos, o site teve seu valor estimado em US$ 10 bilhões. Mas esses dados podem representar o valor futuro da empresa, já que agora mesmo a empresa não tem lucros. O valor da empresa está na sua capacidade de vender anúncios. O instituto de pesquisas eMarketer estima que a receita do Twitter crescerá mais de 100% até o fim do ano com publicidade.
“Uma das vantagens do Twitter para o marketing – em contraposição à propaganda tradicional – é que eles trabalham duro para garantir que o anúncio não seja tão intrusivo”, diz Lara O’Reilly, jornalista da Marketing Week, como informado pela BBC Brasil.
Há três maneiras de se anunciar no Twitter: promovendo um tweet que aparece na timeline das pessoas, promovendo a conta inteira ou as denominadas “topic trends” que são as tendências do momento. Para cobrar de seus anunciantes, o Twitter calcula a quantidade de interação que o conteúdo deles gera.
Normalmente, um valor é determinado no começo da campanha e, depois, o anunciante paga por cada vez que alguém clica ou “retuíta” sua propaganda. A receita também vem dos telefones celulares. Neste ano, mais de 65% da receita proveniente de anúncios foi gerada a partir de dispositivos móveis. Mais de 75% dos usuários acessaram o site do celular este ano.
O licenciamento de dados é também fluxo de receita do Twitter. O site vende dados públicos do Twitter, geralmente são produzidos 500 milhões de tweets ao dia.
Com esses dados, as empresas podem analisar as tendências dos consumidores e vender suas conclusões para outras marcas e empresas. Por exemplo, é possível avaliar como opinam e quais os comentários sobre alguma empresa através de dados processados e interpretados de maneira sofisticada.
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