Os avanços no estudo de restos pré-históricos estão fornecendo novos insights sobre a vida dos ancestrais africanos e o surgimento dos humanos modernos.
Graças aos avanços na tecnologia de sequenciamento do genoma, os cientistas agora podem comparar o DNA de pessoas vivas hoje com o DNA extraído de esqueletos muito antigos, oferecendo um instantâneo único da vida na África há muitos milhares de anos.
A evidência vem de estudos de DNA mitocondrial (mtDNA), um segmento de material genético encontrado na célula humana. Entre outras coisas, permite o estudo do parentesco nas populações. Como apenas as mães o transmitem, revela a linha evolutiva direta entre uma pessoa que vive hoje e sua ancestral feminina mais distante. Infelizmente, a realidade é que o mtDNA oferece uma visão limitada das linhas do tempo, ou padrões, de disseminação e dispersão da população.
Pouco se sabe sobre a paisagem genômica passada na África, pois grande parte da mudança genética ocorreu no continente quando alguns grupos passaram de caçadores-coletores para agricultores entre 3.000 e 7.000 anos atrás. Muito já se sabe sobre a história antiga da Europa graças às modernas técnicas de sequenciamento, mas os estudos de DNA antigo de amostras africanas ficaram para trás. A razão é que o DNA se degrada ao longo do tempo, especialmente nos climas quentes e úmidos que prevalecem na África.
No entanto, graças a ferramentas de enriquecimento de genoma de última geração, que permitem que o DNA seja extraído e amplificado dos menores fragmentos de osso ou dente, os cientistas estão começando a fazer um bom progresso no sequenciamento de DNA antigo da África. Ao estudar os dados dessa maneira, os pesquisadores estão começando a reconstruir eventos do passado distante e investigar as relações que surgiram entre diferentes populações africanas.
A FUNIBER promove diversos estudos na área de saúde, alguns como:
Fontes: How prehistoric DNA is helping to unlock the secrets of human evolution
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