Em seus 15 anos como nutricionista registrada, a Dra. Maryann Tomovich Jacobsen sempre hesitou antes de adotar “as modas”. Ela gosta de tomar se tempo, analisar a ciência por trás das dietas e tomar a melhor decisão possível. Todavia, durante os últimos anos adotou algumas das últimas tendências da nutrição. Muito disto tem a ver com a ciência, mas outra razão são as histórias comoventes por trás das dietas.
Com isso em mente, a doutora construiu um top 5 das tendências nutricionais (e explica porque precisam da sua atenção).
1. Conheça seu nível de vitamina D: inclusive uma pessoa que ingere uma dieta excelente é provável que deficiência desta vitamina. Isso acontece porque durante milhões de anos o sol foi a principal fonte desta vitamina, não a comida.
Como a vida moderna evoluída exige muito mais tempo à sombra e cautela pelo risco de câncer de pele, o sol como fonte de vitamina D diminuiu drasticamente. Considere que em meia hora diante o pico de raios ultravioleta o sol permite ao corpo humano produzir cerca de 10.000 UI de vitamina D, enquanto que um copo de leite contém apenas 100 UI.
Enquanto a vitamina D é mais conhecida por seu papel na saúde dos ossos, também está relacionada com a redução do risco de certos tipos de câncer, doenças do coração, transtornos do sistema imunológico e doenças infecciosas.
A melhor maneira de determinar se você está recebendo vitamina D suficiente é submeter-se à análise de sangue. Ainda que não haja consenso sobre os valores aceitáveis de laboratório, de acordo com o site do CDC, os níveis entre 20-32ng/ml são considerádos suficientes. Então, seu médico pode indicar se precisa de suplementos ou não – e o que resultará mais benéfico.
2. Coma comida de verdade: depois de ver o aumento de produtos livre de gorduras no mercado, seguido por uma moda de baixos carboidratos, o movimento por alimentos naturais foi um sopro de ar fresco. Os entusiastas da nutrição estão de acordo que o consumo de alimentos em seu estado natural é melhor para a saúde – e em última instância, tem melhor sabor.
A verdade é que não é necessário memorizar números complicados de nutrição para comer bem. Somente se trata de escolher cuidadosamente os alimentos de maior conveniência, grãos inteiros, frutas, verduras e fontes de proteínas magras.
3. Busque ácidos DHA: o ácido graxo Ômega 3 aparece em muitos produtos alimentícios. Por que? Porque desempenha um pepel importante no desenvolvimento do cérebro, nos olhos dos bebês e crianças pequenas e reduz a inflamação e morte cardíaca nos adultos. Só que era mais fácil obter DHA dos alimentos quando os animais se alimentavam em seu habitat natural, mas agora a fonte principal são os mariscos.
Estima-se que os adultos requerem 135mg de DHA e EPA (ácido eicosapentaenoico) por dia enquanto que as diretrizes internacionais recomendam 500mg. Algumas pessoas pensam que podem obter ômega-3 e ácidos graxos de alimentos como linho, nozes (ácido alfa-linolênico), mas os alimentos vegetais não contém DHA e somente quantidades insignificantes podem ser produzidas pelo corpo.
Em poucas palavras: comer peixe (especialmente peixes gordurosos) duas vezes por semana, considerar a suplementação com óleo de peixe ou consumir alimentos enriquecidos com pequenas quantidade de DHA.
4. Consumir mais alimentos vegetais: enquanto o vegetarianismo não tem nada de novo, os benefícios de comer mais alimentos de origem vegetal tem recebido maior atenção ultimamente. Durante muitos anos foi houve foco sobre o que deveria ser evitado em uma dieta, incluindo carne, gordura e alimentos ricos em calorias. Agora estamos nos movendo para a incorporação de alimentos de qualidade, uma tendência que apoio plenamente,
De acordo com um estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association, as pessoas que adicionam mais alimentos de origem vegetal em sua dieta, como a soja, os esteróis vegetais, nozes, aveia e cevada, conseguem uma redução de 10% a mais do colesterol LDL (colesterol ruim) em comparação com o grupo que seguiu uma dieta com pouca gordura saturada.
5. Alimente-se de forma consciente: Eu acredito firmemente que é importante considerar tão essencial como uma pessoa come aquilo que come. Quando nos alimentos isso perde a importância e não é uma prioridade. É importante escolher bem os alimentos, mas também é importante ver as quantidade que se come.
Estar atentos para escutar seu corpo, no lugar de centrar-se em recomendações externas de como e o que comer, é um costume que pode mudar sua vida tanto a nível corporal como emocional. A tendência da alimentação consciente nos recorda que devemos comer devagar, desfrutando da comida e ouvir a sabedoria natural de nossos corpos.
Que tendências você adotou e por quê?