Aquecimento global pode prejudicar a produção de vinhos de Jerez

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Politécnica de Madrid (UPM), o aumento da temperatura que se estima ocorrer em meados do século pode prejudicar o envelhecimento biológico do vinho de Jerez.
A equipe de investigação da UPM chegou a esta conclusão ao analisar o impacto produzido pelas alterações climáticas no envelhecimento biológico do vinho de Jerez. Primeiro, eles monitoraram o comportamento térmico de uma adega por vários anos. Em seguida, eles construíram um modelo de computador na simulação de energia para isso. Por fim, tomaram esse modelo como exemplo para realizar simulações variando as condições meteorológicas, testando diferentes cenários futuros.

Estima-se que a temperatura média externa na área de Jerez aumentará cerca de 2,3 °C até meados do século. Além disso, no verão, observa-se um aumento de 4 °C. Isso afetará a produção de vinho nesta área, pois o aumento da temperatura danifica os microorganismos que realizam o envelhecimento do vinho.

Para sua criação é necessário que esteja em condições ambientais muito específicas. Isso é alcançado principalmente em vinícolas chamadas “Cathedral Wineries”, esses locais são responsáveis ​​​​por fornecer condições ecológicas sem a necessidade de usar mecanismos adicionais de ar condicionado. A crescente preocupação surge porque o aquecimento global pode afetar o funcionamento da Bodegas Catedral. Desta forma, prejudicaria o envelhecimento do vinho de Jerez.

O estudo realizado pela UPM destaca a importância da criação de um plano de adaptação e resiliência para realizar a produção destes vinhos. Para isso, o modelo de simulação desenvolvido facilitará a análise da eficácia no que diz respeito à criação de novas estratégias de adaptação da infraestrutura às mudanças climáticas futuras.

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Fonte: El calentamiento global pone en jaque a los vinos de Jerez
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