Se continuarmos pescando com os métodos utilizados atualmente, a pesca no mundo terminaria em 2048
De acordo com um relatório publicado pelo Fundo Mundial para a Vida Silvestre (WWF por suas siglas em inglês), no ano de 2048 iria acabar a pesca no mundo, a menos que os métodos de captura atuais sejam mudados. O relatório mostra que as frotas pesqueiras são entre 2 a 3 vezes maiores do que os oceanos podem suportar. A indústria pesqueira está capturando mais peixes do que os que a natureza pode repor.
O relatório da WWF indica que 53% da pesca do mundo são exploradas no limite, 32% são sobre-exploradas, esgotadas ou estão se recuperando de um esgotamento. Muitas populações de peixes que são capturadas de forma comercial sofreram diminuição a tal ponto que sua sobrevivência está ameaçada. As espécies pescadas atualmente seriam esgotadas em todo o planeta, até 2048, se as indústrias pesqueiras não mudassem seus métodos de captura.
A cada ano, bilhões de animais marinhos que não pertencem a espécies que se pescam comercialmente, são capturados pelos botes pesqueiros por acidente: golfinhos, tartarugas, tubarões e corais, morrem devido a práticas de pesca que são ineficientes, ilegais ou destrutivas.
Esta situação está espalhando-se por todo o mundo porque é aplicada uma má gestão das pescas, aparecem os piratas pesqueiros, captura de espécies prematuras, subsídios (que permitem a propagação de botes pesqueiros), acordos injustos de pesca que permitem a grandes frotas pescar de forma indiscriminada nas águas de países em desenvolvimento e a aplicação de práticas destrutivas de pesca.
A WWF recomenda que os consumidores só comprem produtos certificados com a etiqueta MSC nos Estados Unidos, para garantir que vêm de uma fonte que busca uma pesca sustentável.
Os estudantes do Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha da FUNIBER assumem o desafio de proteger as espécies marinhas do perigo de extinção.
Fonte: WWF
Foto CC: maltef_