Os ativistas do Greenpeace apresentaram assinaturas para evitar que as pessoas que instalam painéis solares em suas casas sejam multadas
Os cidadãos espanhóis que decidiram utilizar energia solar em suas casas poderiam receber multas se não se ajustarem à nova normativa do governo, mas o caos ocasionado pela norma e a escassa preparação das dependências do governo gerou um enorme problema. Apenas para mencionar uma das complicações, a página web que permitiria registrar-se estava pronta quatro meses depois do anunciado e o decreto que obriga o registro das instalações solares, a só dois meses de vencer o prazo. Os autoconsumidores da Espanha estão enfrentando sérios problemas, e a partir de 11 de abril poderão ser multados se não se ajustarem à nova normativa. O Greenpeace desenvolveu uma campanha para solicitar que se amplie o prazo para cumprir com a normativa até o fim do ano e conseguiu 46.700 assinaturas.
As queixas são muitas, entre elas indica-se que o Ministério da Indústria não explicou com detalhes como cumprir com as complexas exigências técnicas e administrativas da norma. A situação torna-se mais complicada ao envolver as empresas fornecedoras de energia, porque cada uma delas aplica diferentes critérios ao avaliar as normas de conexão. Neste contexto confuso, o prejudicado é o cidadão que aposta pela energia renovável.
No dia 11 de abril se cumpriram 6 meses da aprovação do Real Decreto 900/2015, uma lei que impõe uma série de condicionamentos aos usuários de energia produzida em seus domicílios. Para evitar que os autoconsumidores possam receber multas, que vão entre 6 e 60 milhões de euros, o Greenpeace desenvolveu uma campanha para solicitar a ampliação do prazo para cumprir com todas as condições que a lei estabelece, evitando que os cidadãos sejam afetados com multas milionárias. De acordo com os meios locais, o Greenpeace e outras organizações ecológicas apresentaram, no dia 7 de abril, uma Carta ao Representante do Governo, com as assinaturas recolhidas.
Os estudantes da área ambiental da FUNIBER estão atentos às normas legais que favorecem ou dificultam a adoção de energias renováveis.
Fonte: Greenpeace
Foto licença Creative Commons: DanielVDM