Três empresas multinacionais falham no controle de seus fornecedores na Indonésia

As empresas consumidoras de óleo de palma são cúmplices do desmatamento na Indonésia, de acordo com o Greenpeace

Colgate-Palmolive, Johnson & Johson e Pepsico são as três empresas que obtiveram a pior pontuação na avaliação realizada pelo Greenpeace para identificar as empresas que utilizam óleo de palma e garantem que seus fornecedores não contribuam com a destruição da floresta na Indonésia. O estudo foi realizado dois anos depois que as grandes corporações consumidoras de óleo de palma assumiram o compromisso de lutar contra o desmatamento.

As multinacionais com as qualificações mais baixas produzem numerosos produtos de uso cotidiano, como o creme dental Colgate, o creme de mãos Neutrogena ou os nachos Doritos. Os usuários não percebem que, ao consumir os produtos destas empresas, estão contribuindo indiretamente com o desmatamento da Indonésia. “O óleo de palma forma parte de grande quantidade de produtos de uso cotidiano, por isso estas grandes marcas têm a responsabilidade de assegurar aos consumidores que não estão contribuindo com o desmatamento. O óleo de palma pode ser cultivado de maneira responsável, sem destruir as florestas e sem prejudicar as comunidades locais ou destruir as populações de orangotangos e outros animais”, apresentou – em um comunicado de imprensa – Miguel Ángel Soto, responsável pela Campanha de Florestas do Greenpeace, Espanha.

Empresas livres de desmatamento
O Greenpeace publicou os resultados de sua pesquisa no documento “Eliminando o desmatamento da cadeia de fornecimento do óleo de palma”.  Nesta avaliação, foram analisados os processos de produção de 14 empresas multinacionais, considerando aspectos como: a contratação de fornecedores responsáveis, que não se encontrem vinculados com o desmatamento da Indonésia; manter a transparência das operações informando sobre seus fornecedores ou eliminando àqueles que não se ajustem à política de não desmatamento; e medir como cada empresa está dando apoio a uma reforma mais ampla da indústria.

A ONG analisou as atividades de empresas multinacionais como Colgate-Palmolive, Danone, Ferrero, General Mills, Ikea, Johnson & Johnson, Kellogg, Mars, Mondelez, Nestle, Orkla, PepsiCo, P&G e Unilever, identificando as relações que mantêm com os fornecedores de óleo de palma indonesianos.

O Greenpeace adverte que ainda há um longo caminho para ser percorrido entre a relação do óleo de palma e o desmatamento. Em um comunicado de imprensa, a ONG ressaltou que “A expansão das plantações de óleo de palma para suprir a demanda internacional do óleo é uma das principais causas de destruição da floresta da Indonésia”.

A Indonésia perdeu 31 milhões de hectares de floresta tropical desde 1990, uma superfície que equivale ao tamanho da Alemanha, sendo a indústria do óleo de palma a principal causa de desmatamento nessa região.

Os estudantes da área de Ambiente da FUNIBER mantêm-se informados a respeito das empresas que mantêm padrões de qualidade e processos de fabricação respeitosos com o ambiente.

Fonte:
Greenpeace

Foto Creative Commons: Sinarmas World Academy School