Lontras marinhas recuperam-se 25 anos após o desastre do Exxon Valdez

Os efeitos do desastre causado pelo derramamento de petróleo do casco do navio Exxon Valdez, em 1989, continuam sendo analisados até hoje. Um estudo federal, encarregado de analisar a evolução da população de lontras marinhas, concluiu que o número destes animais foi recuperado até alcançar quantidades semelhantes às registradas antes do derrame.

Pesquisadores indicam que levaram quase 25 anos para que as lontras se recuperassem, porque estes animais se alimentam quase que exclusivamente de amêijoas, além de o petróleo do derrame permanecer nos sedimentos das profundidades por muitos anos. Brenda Ballachey, bióloga encarregada do estudo indicou: “uma lição que podemos tirar disso tudo é que os efeitos crônicos de um derrame de petróleo no ambiente podem persistir por décadas”.

Alguns dados adicionais sobre o comportamento das lontras revelam que estes animais costumam se limpar, removendo de sua boca as impurezas da pelagem, mas, em um ambiente poluído com petróleo, as lontras, muitas vezes, ingerem petróleo, e isso causa muitos outros problemas de saúde para estes pequenos animais.

Vinte e cinco anos após o derramamento do petroleiro Exxon Valdez, estima-se que morreram 3.000 lontras. Passada uma década após o desastre, as lontras não retornaram à área afetada, mas, depois de 2007, a situação melhorou e, a partir de 2009, pôde ser observada a recuperação da população de lontras.

Fonte:

http://www.cbc.ca/news/technology/sea-otters-back-to-pre-exxon-valdez-spill-levels-1.2555983

Foto: Alguns direitos reservados por Andrew Reding/Flickr.