Algas permitem demonstrar a evolução das mudanças climáticas

Um estudo publicado no último dia 15 de janeiro na revista Ecology Letters indica que as mudanças climáticas estão alterando a biodiversidade na região próxima às ilhas Tatoosh, perto de Washignton. Os pesquisadores analisaram a dinâmica da concorrência entre as algas presentes nessa região, algumas das quais constroem, para sua proteção, uma camada de carbonato de cálcio. À medida que o oceano absorve maior quantidade de dióxido de carbono suas águas se tornam mais ácidas, afetando diretamente todos os organismos que possuem exoesqueleto ou se protegem com formações de cálcio.

Os cientistas estudaram a evolução das espécies que habitam a região por 12 anos, e coletaram dados que permitem criar estatísticas para identificar os fatores que afetam a biodiversidade da região.

Nos experimentos prévios, uma das espécies, o Pseudolithophyllum muricatum, era a espécie dominante nessa região, conseguindo monopolizar algumas regiões em até 100%, deixando de fora outras três espécies. No entanto, os experimentos recentes mostram que o P. muricatum, antes espécie dominante, agora não consegue monopolizar 25% do espaço, e não se identificou uma espécie dominante, pois todas mantêm uma distribuição similar.

Anteriormente, a supremacia da espécie P. muricatum devia-se à sua capacidade para gerar um exoesqueleto mais forte e sofisticado. No entanto, com a acidificação do oceano, a espessura da coberta de carbonato de cálcio se reduziu, e com isso sua capacidade de manter a supremacia numérica na região.

Os pesquisadores indicaram que os resultados deste estudo sustentam os resultados de outras pesquisas realizadas apenas em laboratório, chegando às mesmas conclusões.

http://www.sciencedaily.com/releases/2014/01/140115075126.htm

Foto: Alguns direitos reservados por Drriss & Marrionn/Flickr.