Se uma empresa que danifica o ambiente obtém uma injeção de capital, não há dúvidas que ela ampliará suas operações, mas, por consequência deste ato, também aumentaria os danos que produz ao planeta. A empresa FELDA Global Ventures, uma organização da Malásia dedicada à produção e comercialização de azeite de palma, destruiu grande parte da selva para semear monoculturas que serviriam para sua indústria. A FELDA está tentando obter 3 bilhões de dólares na bolsa de valores para estender seus cultivos nas selvas da Indonésia e da África.                  

Diante da potencial ameaça para as regiões selvagens de vários países, a organização Rainforest Rescue lançou uma campanha para solicitar ao banco Deutsche Bank que não conceda recursos à empresa FELDA. Neste momento, o Deutsche Bank está ajudando a produtora de azeite de palma a conseguir os recursos de que necessita.

O Deutsche Bank anunciou aos meios de comunicação que adotará um enfoque orientado para a sustentabilidade e os defensores do ambiente consideram que conceder recursos a uma empresa como a FELDA trai a promessa de sustentabilidade anteriormente promovida.

De acordo com a Rainforest Rescue (RR), a FELDA anunciou que utilizará o dinheiro obtido para comprar terras na Indonésia e na África, destruindo enormes extensões das selvas para transformá-las em monoculturas.

Mas a eventual injeção de dinheiro para a FELDA não traria consequências apenas ecológicas. A RR adverte que o dinheiro poderia ser utilizado para comprar votos nas próximas eleições. A RR assinala ainda que o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, prometeu a cada membro da empresa 5.000 dólares, ficando claro que existem laços entre a FELDA e o partido que comanda o país.

Participe enviando uma carta ao Deutsche Bank

https://www.rainforest-rescue.org/mailalert/878/deutsche-Bank-boosts-rainforest-logging