O Instituto Oceanográfico da Marinha do Equador (INOCAR) informou que uma massa de água quente proveniente da Austrália estaria se aproximando da costa do país. As autoridades locais decidiram investir cerca de 2 bilhões de dólares até 2016 em projetos para rebater os efeitos do fenômeno climático. A Secretaria Nacional de Gestão de Riscos (SNGR) informou que foram instaladas sete mesas de trabalho para avaliar as ações que se executariam para enfrentar um possível fenômeno El Niño nos próximos meses. Em 15 de julho, partirá um cruzeiro científico para estudar o mar do Equador. As pesquisas permitiriam determinar a magnitude do fenômeno e seu potencial impacto. A SNGR explicou que, de acordo com organismos especializados, este ano se poderia apresentar uma anomalia com intensidade entre fraca e moderada. Por sua parte, Edwin Pinto, chefe de Ciências do Mar do Inocar, explicou que estudos recentes determinam um aquecimento no Pacífico central que pode chegar à costa equatoriana no último trimestre deste ano.
O El Niño é um fenômeno que afeta periodicamente a costa do Equador e o norte do Peru. Caracteriza-se por um aumento na temperatura do oceano, gerando um aumento da umidade na área e desencadeando inundações que poderiam cobrir cidades inteiras da América do Sul. Este fenômeno natural ocasionaria também secas no Sudeste Asiático e na Austrália.
As mesas de trabalho da SNGR serão formadas por representantes do Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (INAMHI), Instituto Oceanográfico da Marinha (INOCAR), Secretaria Técnica Plano Equador, Instituto Nacional de Pesca, Centro Internacional para a Pesquisa do Fenômeno El Niño, Ministério da Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pesca (MAGAP), Ministério de Finanças e o Ministério de Coordenação de Seguridade Social.