No ano passado o fenômeno La Niña causou centenas de mortes no Brasil, Colômbia e Austrália como consequência de inundações e deslizamentos que ocorreram nestes países. Este ano a Organização Meteorológica Mundial, organismo da OMS assegurou que um novo ciclo do fenômeno La Niña se iniciou no mês de agosto e provavelmente se estenderá até começo do próximo ano, aumentando a seca que acontece no Chifre da África, sobretudo nas regiões da Somália e Quênia.
O La Niña é um fenômeno onde acontece um resfriamento das águas superficiais nas regiões do centro e leste do Oceano Pacífico, ocasionando alterações extremas em algumas regiões do planeta, como o norte da América do Sul, Austrália e África. O El Niño, pelo contrário, altera as condições climáticas ocasionando inundações no Equador e no norte do Peru.
Este ano, na Colômbia, já foram registrados 98 pessoas mortas e mais de 300 mil feridos, de acordo com a Cruz Vermelha. O canal CNN informou que para meados de novembro foram registrados mais de 500 incidentes entre avalanches, deslizamentos, inundações e tempestades elétricas. Além disso, se informou que entre abril de 2010 e início de 2011, mais de 440 pessoas morreram como consequência de inundações e mais de 3 milhões perderam suas casas.
Os prognósticos deste ano indicam que La Niña terá uma intensidade moderada, mas sua passagem pelos continentes será mais fraca que os anos anteriores. Por outro lado, o espaço dos Estados Unidos não se verá afetado por este fenômeno, mas receberá influência da Oscilação Ártica, que é uma expansão e contração do ar frio do polo norte, abrindo a possibilidade de que se apresentem alterações importantes na temperatura da América do Norte neste inverno.