Cidades amigáveis, comunidades adaptadas aos idosos

A OMS promove uma rede de cidades adaptadas aos idosos com locais seguros, ambientes agradáveis e espaços públicos acessíveis

As cidades de Hong Kong, Cingapura e Ebersberg (Alemanha) são pioneiras no mundo para ter um sistema que alargue a duração da luz verde dos semáforos. Através de um chip, o tempo de travessia pode ser alongado em seis segundos, chegando a 16, o que permite que pessoas com mobilidade reduzida, como os idosos, se sintam mais seguras ao atravessar uma passagem.

Este é um exemplo de como as cidades estão se adaptando ao estilo de vida dos idosos. Segundo a ONU, em 2050 haverá mais de 2.000 pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo, o que tornará cada vez mais importante que as cidades sejam inclusivas.

Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou em 2009 a Rede Global da OMS para Cidades e Comunidades Amigas do Idoso. É um projeto que visa conectar cidades, comunidades e organizações em todo o mundo com a visão comum de tornar as comunidades um lugar para envelhecer.

Três anos antes, em 2007, a OMS já publicou um guia sobre como essas cidades amigas deveriam ser adaptadas aos idosos. O documento leva em conta diferentes aspectos, como espaços ao ar livre e edifícios, transporte, habitação e participação cívica e emprego. Estas são algumas das recomendações sobre locais públicos:

  1. Ambientes agradáveis e limpos, sem níveis irritantes de ruído e sons.
  2. Espaços verdes sem barreiras, que são seguros e não estão em mau estado de conservação.
  3. Cidades com áreas de descanso que incentivam as pessoas idosas a andar e sentar-se quando precisam.
  4. Calçadas confortáveis para os idosos, ou seja, superfícies lisas e antiderrapantes, largas o suficiente para a passagem de cadeiras de rodas, com rampas niveladas com a pista, livres de obstruções e onde haja prioridade para pedestres.
  5. Travessias de pedestres seguras, em que os semáforos tenham tempo suficiente para passar, com faixas antiderrapantes e sinais de áudio para atravessar.
  6. Acessibilidade e eliminação de barreiras físicas. É importante que ao acessar um local por escadas existam também rampas adaptadas.
  7. Ambiente seguro: “A sensação de segurança no ambiente de vida particular afeta fortemente a predisposição das pessoas para se deslocarem na comunidade local”, explica o guia da OMS. Nesse sentido, os ambientes públicos devem ser considerados seguros.
  8. Banheiros públicos adequados, limpos, devidamente sinalizados e acessíveis para pessoas com deficiência.

As cidades amigas têm como objetivo incentivar a participação dos idosos nos espaços públicos, favorecendo o envelhecimento ativo.

Para todas as pessoas interessadas no estudo das mudanças físicas, sociais e mentais em idosos, a FUNIBER patrocina o Mestrado em Gerontologia. Seu programa centra-se na investigação dos processos de envelhecimento e nas mudanças na sociedade que resultam do crescente envelhecimento da população.

Fonte: Un chip que da a las personas mayores más tiempo para cruzar semáforos

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