Na cidade de Manaus, capital do Amazonas (Brasil), adultos que serão idosos em 2030 apresentam sinais de risco para desenvolver o Mal de Alzheimer. A conclusão é resultado da pesquisa da Juliana Batista Lima, para a obtenção do título de Máster (Mestrado) em Gerontologia da FUNIBER.
Moradora da cidade, a então estudante da FUNIBER realizou um diagnóstico para estimar a prevalência do Mal de Alzheimer a partir da relação com alguns fatores de risco como são o estilo de vida, o estresse e a depressão. Orientada pela professora Lidia Maria Henriques Rego, a ex-aluna ouviu 2.500 indivíduos entre 30 e 59 anos, residentes da cidade. A autora da dissertação ressalta a importância de se promover a qualidade de vida entre a população adulta para garantir uma velhice saudável.
“De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o envelhecimento populacional é tanto um triunfo da humanidade quanto um desafio”, afirma. As previsões estatísticas indicam que o número da população idosa aumentará em todo o mundo em mais de 300% nos próximos 50 anos, dados que requerem medidas públicas para proteger a saúde da terceira idade.
Entre as doenças que atingem os idosos, o Mal de Alzheimer afeta na atualidade grande parte da população. Estima-se que no mundo 35,6 milhões de pessoas sofrem com a doença.
Fatores de Risco e diagnóstico
Há muito o que se pesquisar em relação ao Alzheimer, de causa ainda desconhecida. Alguns especialistas encontraram fatores precursores relacionados, como a Depressão e o Estresse, e outros fatores do estilo de vida como a alimentação, a prática de esportes e o tabagismo.
Com o propósito de diagnosticar as condições de saúde dos que serão idosos em 2030, Juliana Lima percorreu todas as regiões da sua cidade para afiançar uma mostra fiável, e realizou um questionário que permitiu conhecer as diversas características da população estudada.
O estudo foi viabilizado com a participação de instituições como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), a Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) e a Universidade do Estado do Amazonas.
Resultados da pesquisa
De acordo com o estudo, 39% dos entrevistados já foram diagnosticados com estresse e 9,2% com depressão. A pesquisadora mostrou preocupação com o dado já que pode indicar riscos da população desenvolver a doença Alzheimer num futuro.
“Neste trabalho foi possível observar que a população da Zona Urbana de Manaus não está, como as demais sociedades, livre desta enfermidade que se avizinha. A intenção deste trabalho foi levantar o debate e mostrar que a sociedade está vulnerável e isso foi demonstrado quando se observa os níveis de estresse e depressão”, afirma Juliana Lima.
Para ler a dissertação completa em português: http://fnbr.es/1ad
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