No mundo, 35,6 milhões de pessoas têm doença de Alzheimer, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e estima-se que o número de pessoas duplique até 2030, triplicando até 2050. Neste cenário, é preciso que os governos façam um esforço maior para proteger os direitos humanos das pessoas que têm demência, destacou Rosa Kornfeld-Matte em uma recente reunião da ONU.
De acordo com a Especialista Independente da ONU, os Estados deveriam estabelecer políticas e estratégias que permitam proteger os idosos com demência da estigmatização, vitimização, discriminação e negligência, procurando encontrar soluções integrais que lhes permitam viver desfrutando dos direitos humanos que os amparam.
“Os Estados e outras partes interessadas devem se sensibilizar e adotar um enfoque baseado nos direitos humanos para proteger os direitos e a dignidade das pessoas idosas com demência”, ressaltou Kornfeld-Matte em uma reunião realizada na ONU em ocasião da celebração do Dia Mundial do Alzheimer, em 21 de setembro.
A especialista disse que a demência não deveria ser considerada como um aspecto normal do envelhecimento, mas como uma doença e que poderia ser resultado de diversos fatores. A especialista considera ser necessário garantir que todas as pessoas que têm alguma forma de demência senil possam gozar plenamente de seus direitos humanos em todas as circunstâncias.
Kornfeld-Matte destacou ainda que “as vozes das pessoas idosas e de quem cuida delas devem ser escutadas de uma forma efetiva”; além disso, ressaltou a necessidade de mais pesquisas relacionadas à doença, para compreender os desafios expostos pela atenção às pessoas que vivem com demência e para se pensar em possíveis soluções para que elas possam desfrutar de seus direitos com dignidade.
Rosa Kornfeld-Matte foi reconhecida como a primeira Especialista Independente sobre o desfrute de todos os direitos humanos das pessoas idosas, pelo Conselho de Direitos humanos em maio de 2014.
Fonte:
http://www.ohchr.org/SP/NewsEvents/Pages/DisplayNews.aspx?NewsID=15071&LangID=S