Óculos de realidade virtual prometem o desenvolvimento de plataformas educativas interativas e virtuais para o ensino nas escolas
Uma promessa tecnológica poderá transformar a experiência do aprendizado em algo muito mais lúdico e interessante. Os cenários de realidade virtual com criações interativas poderão permitir uma representação digital de conceitos e do meio social e ambiental do aluno.
A partir de lentes como a Oculus VR ou a Gear VR, da Samsung Electronics, a realidade virtual promete ser uma ferramenta massiva no setor de entretenimento e de educação.
No caso da Gear VR, há conteúdo e aplicativos educativos como o The Body VR que ajuda a entender sobre o funcionamento das células no sangue, o Speech Center que simula apresentações com um público virtual e o de The Night Cafe que permite fazer um tour por obras do pintor holandês Vincent Van Gogh.
“A vantagem da realidade virtual é que o aluno possa viver as experiências em primeira pessoa e não só lendo informação num quadro ou vendo fotografias. Basta com imaginar o distinto que é que te digam como eram grandes os dinossauros para posicionar-se ao lado de um e poder dimensionar este tamanho”, dá um exemplo Benjamin de Oto, especialista em soluções móveis da Samsung no Chile.
O avance tecnológico permitiu experiências positivas como é o Ensino a Distância (EaD), que permite aos alunos da FUNIBER o acesso a material de ensino de qualidade desde casa e na hora mais conveniente para o estudante. Com os óculos de realidade virtual, mais possibilidades serão desenvolvidas para o ensino.
Visitas de Campo
De acordo com o fundador da Oculus Vr, Palmer Luckey, durante conferência em Berlim (Alemanha), “existe um valor em experiências do mundo real: nós atuamos. É por isso que temos as excursões. O problema é que a maioria das pessoas nunca será capaz de ter essas experiências”, disse. A experiência de visitar um museu não é acessível a todas as escolas, às vezes por estão muito longe ou porque é inviável levar muitos alunos.
Com a realidade virtual, esta experiência de conhecimento é possível. Como afirma Palmer, “ o que importa mais é que todo o mundo será capaz de conhecer os lugares”, mesmo sendo um ambiente virtual.
A Google já desenvolve um projeto para proporcionar estas viagens virtuais a alunos de países como o Brasil, a Austrália, a Nova Zelândia e o Reino Unido. O Google Expeditions distribui kits em escolas com smartphones, tablete, roteador e uns óculos de realidade virtual feitos de papelão e plástico, chamados Google Cardboard. Os professores podem levar os alunos com o kit a locais como o Museu Americano de História Natural, em Nova York ou o Palácio de Versalhes, na França.
Integração dos alunos
Uma das vantagens de usar ferramentas tecnológicas na educação é permitir o desenvolvimento e a adaptação da aprendizagem a partir das necessidades e estilos de cada um. Por exemplo, alunos mais tímidos podem se sentir mais cômodos com a experiência individual, mas ao mesmo tempo poderá se sentir mais confiante ao poder aprender e estimular as habilidades com o uso da tecnologia.
Iniciativa no Brasil
Na feira CES no ano passado, a startup Beenoculus apresentou os óculos de realidade aumentada produzidos no Brasil. A empresa apresenta uma versão mais econômica do acessório.
Fontes: http://fnbr.es/2l0, http://fnbr.es/2l1, http://fnbr.es/2l2