O educador brasileiro Paulo Freire deixou alguns ensinamentos que deveriam sempre ser lembrados. Entre eles, a necessidade de comunicação e respeito mútuo entre educadores e educandos, dentro e fora da escola. Com as inovações tecnológicas que modificam as formas de ensino e transmissão dos saberes, é necessário refletir sobre o espaço da sala de aula, o papel do professor e da educação.
No artigo publicado na revista Psicologia.pt, o mestre em Educação Matemática, Carlos Alberto de Souza Cabello, escreve sobre as mudanças do processo de ensino e aprendizagem no contexto das novas tecnologias e da sociedade do conhecimento. Ele ressalta a necessidade do educador em descobrir a velocidade de aprendizado e a base de conhecimento e cultura em que o educando está montado.
A partir daí, motivar, instigar e destacar o valor do saber transmitido em relação às possibilidades de aplicação na sociedade. Hoje, o conteúdo do ensino serve como meio para desenvolver competências, ressalta o professor.
“A sala de aula deverá ser um local de reflexão e de situações de aprendizagem”, afirma Carlos. “E o educador, este deve sofrer profundas mudanças, deixando de ser um grande transmissor de saberes, passando a ser um facilitador da aprendizagem”.
Com a facilidade de acesso à informação, o papel do educador é ajudar o educando a escolher, interpretar e transformar os dados. Isso só é possível em um contexto comunicacional participativo, interativo e vivencial. “Com ou sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos participativos de compartilhamento do ensinar e aprender através de uma comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante”.
Nas aulas presenciais ou à distância, como a metodologia de ensino da FUNIBER, é importante lembrar que o docente tem o compromisso com a transformação social, e deve interpretar a didática como um conjunto de conhecimentos do fazer pedagógico independente do contexto sociocultural em que foi gerado.
Fonte: http://fnbr.es/144
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