Na América Latina, o Brasil ocupa o primeiro lugar em estudos doutorais sobre Educação à Distância, tendo publicado 111 teses sobre o tema entre os anos 2004 e 2011. Os valores representam mais de 60% do total. Os resultados foram obtidos a partir de um estudo sobre as tendências de pesquisa em EaD, realizado pelas investigadoras María García Pérez e Lorenzo García Aretio, da Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED), na Espanha.
O estudo revela também o predomínio das pesquisas sobre novas tendências tecnológicas dentro da educação a distância (22,95%), revelando uma preocupação e interesse maior pelas ferramentas de ensino. A “interação e a comunicação nas comunidades de aprendizado” foi um tema que concentrou também muitas pesquisas (20,76%).
O estudo constatou quais são as subcategorias mais carentes de investigação: “desenho instrucional”, “gestão e organização” e “custos e lucros”, todas identificadas nos primeiros anos da mostra (2004 a 2006).
Percebe-se no estudo uma lacuna grande nos estudos relacionados à democratização do ensino à distância, já que não foram realizadas nenhuma investigação sobre o acesso e à equidade.
A pesquisa examinou as teses publicadas nos meios científicos, já que a divulgação, como afirmam as pesquisadoras, é essencial para o conhecimento científico e para a divulgar os estudos à sociedade.
Fonte: http://fnbr.es/mz
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