Os desafios impostos diante da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular têm sido foco de discussões em diversos segmentos. Um estudo recente, realizado entre a Universidade Estadual de Londrina, no Brasil e a Università degli Studi di Padova, na Itália analisa as diferentes práticas entre os dois países.
Segundo os pesquisadores, tanto Brasil como Itália ainda têm pela frente grandes desafios para garantir a inclusão escolar com qualidade e a formação docente. Mas alguns passos já foram tomados.
Em comum, tanto Brasil como Itália foram signatários de diversas resoluções internacionais, como a Declaração de Salamanca e a Convenção de Guatemala, por exemplo, direcionadas a oferecer maiores direitos básicos à cidadania para pessoas com deficiência. Também ambos os países, modificaram a sua estrutura legislativa de modo a garantir o acesso de todos, tendo a formação docente como uma das preocupações centrais.
Na Itália, o primeiro país na Europa a promover o fim das escolas especiais e a inclusão de todos os alunos com deficiência nas escolas regulares, percebe-se que as diretrizes governamentais são mais claras com relação à capacitação de professores para atuar com alunos com necessidades educacionais especiais.
Por outro lado no Brasil, ainda existe uma carência de parâmetros mais específicos para que os professores tenham maiores subsídios para promover a inclusão com qualidade.
Os pesquisadores concluem que o movimento de inclusão deve ser tarefa dos órgãos governamentais e das escolas, mas com a participação e mobilização da comunidade, das famílias e das organizações não governamentais.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
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